quarta-feira, 30 de abril de 2008

O entrosamento do Nhô Quim.

Cheguei em Piracicaba em 1966, depois de muitas negociações com passe estipulado em 150 mil cruzeiros, contos ou outro dinheiro da época. Lembro dias antes, que na sala do presidente do Corinthians Paulista, Sr. Wadih Helú com mais alguns diretores, tentaram de todas as formas demover os dirigentes do Juventus, perdendo a parada para um comendador de nome, Humberto D'Abronzo , dono de uma riqueza incalculável sendo ele proprietário da Caninha Tatuzinho. Dinheiro não era problema e sim solução. Como o XV havia caído par a 2ª divisão, ano anterior, este cidadão apareceu com muita disposição e objetivo de colaborar com a cidade do seu coração. Claro, não entendia nada de futebol. Abraçando a causa na construção de retorno a 1ª divisão ou série Especial de São Paulo com outros importantes personagens da Noiva da Colina, as contratações eram diárias. Com dinheiro sobrando na montagem de uma comissão técnica e uma seleção de grandes jogadores, como Claudinei, Protti, Zé Carlos, Joaquinzinho, Ely Cotucha, Nicanor, Picolé, Amauri , Píau e tantos outros, o comentário antecipado era: não tem para ninguém o XV é a seleção do interior. Os treinos individuais e coletivos aconteciam pela manhã e a tarde, até que um amistoso foi pedido pela imprensa e torcida para se conhecer o nível de aproveitamento e o conhecimento de cada atleta.
Com isso chegou o time do Barretos F.C., e o que aconteceu foi uma tragédia com a vitoria dos visitantes por 2x0. Rebuliço total. Ninguém queria acreditar. O presidente do clube, Sr. D'Abronzo, pediu com urgência uma reunião para saber o porque do desastre. Conversa vai, conversa vem, vira-se o Dema, auxiliar do técnico Gatão e diz ao diretor maior que o que faltou foi o entrosamento. Como não conhecia nada da bola e sempre aceitando os argumentos, comprando tudo que lhe pediam e foi aí que surgiu a frase histórica no folclore do futebol brasileiro, "então vamos contratar o tal do entrosamento" Assim foi o começo de tudo, com a volta triunfante do XV de Novembro no cenário especial do futebol de São Paulo. Saudades desse tempo.
Quem não conta dinheiro, conta história.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Ronaldinho ou Ronaldo Fenômeno.

Considero o berço familiar a maior prova da criação do ser humano. São exemplos de casa que faz um encaminhamento sólido e próspero onde as dificuldades à frente são coisas inerentes da própria vida. Creio que terei dificuldades até o final deste comentário mas, o que vem a minha cabeça, vou escrevendo contando o tempo de serviço que tenho da própria experiência de vida. Quem nasceu anos atrás sabe dizer o mundo que vivemos hoje. Não se tinha tanta competição, pois, todos viviam praticamente iguais, poucos com riqueza, mas a simplicidade das pessoas era o que contava. Sem ter como imaginar, uma globalização à frente, fomos todos engolidos pelo tempo, mas com a diferença no calor humano. Com o lazer voltado mais para o futebol, campeoníssimo no país e no mundo, era a maneira que projetava nosso país perante outras nações. O futebol na verdade nasceu simples no Brasil onde o dinheiro era o que menos se contava. Bastava jogar bem e o "mundo" se abria. Na mistura do berço familiar, na simplicidade do futebol e sem constrangimento, gostaria de exemplificar no ídolo de todos ligados ao esporte, Pelé. Seus pais, Dondinho e D. Celeste, mesmo na pobreza de recursos financeiros, souberam dar ao menino Édson o exemplo do bom caminho. Pelé sempre enalteceu seus pais e crescendo assustadoramente no trato com a pelota virou uma marca mundial mostrando sua forma humilde e o respeito à sociedade. Muita coisa se fala do Pelé, as vezes Édson, mas nunca se ouviu falar que esteve envolvido em drogas, prostitutas e bordéis. Até hoje é reverenciado e sempre chamado para ações no esporte. Vi o Pelé em muitos lugares tratado como sua majestade. Viveu a prática nos tempos das vacas magras mas foi ter o valor reconhecido após sua atividade, o que muitos não sabem dar o devido valor. Sem ser agressivo na comparação achei, que pelo mesmo processo teríamos no Ronaldinho ou Ronaldo Fenômeno o mesmo encaminhamento. Só achei.
Certo ou errado?

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Coritiba perto da Taça.

Tirando o exagero na selvageria de alguns torcedores, vi muita coisa boa ontem no Estádio Couto Pereira, dizendo pela torcida alviverde, que chegando às dependências do estádio passava impressão favorável, acreditando antecipadamente numa vitória com alegorias e adereços "contaminando" favoravelmente muitos jovens na expectativa de uma grande vitória. Outra coisa boa foi o desempenho alviverde no aspecto coletivo, mostrando diferenças nas qualidades individuais de Carlinhos Paraíba (o melhor do jogo), Keirrison, Pedro Ken. É do Coritiba F.C. a festa inicial para a chegada do título da temporada. Com boa conduta na zaga, não permitindo o adversário realizar quase nada, bem disciplinado na meia cancha e com um ataque rápido, o verdão encontrou um adversário em queda e que nesses últimos jogos tem demonstrado uma prova inconteste dos desequilíbrios nas suas movimentações tanto administrativa como técnica. Com um técnico aturdido (Ney Franco), trocando posições constantes de seus jogadores , lateral da direita para esquerda, meio de campo para lateral direita, meia esquerda para lateral, enfim, uma verdeira salada mixta, terá Atlético uma semana cheia para se recompor. Por falar em concepção tática, Dorival Júnior se impôs ao concorrente fazendo ótimas mexidas ao longo da partida. Portanto sem nenhuma constestação a vitória no que classifico como cristalina por parte do Coritiba F.C.
Certo ou errado?

domingo, 27 de abril de 2008

Visita à CBF.

Depois do triste episódio no gigante da Beira Rio, com a lamentável atuação do "artista" Vagner Tardelli, nada melhor do que aproveitar este momento que antecede o campeonato da Série B, para uma esticada ao Rio de Janeiro e falar com o diretor da Comissão Nacional de Árbitros. Com interesse no retorno à divisão maior do futebol brasileiro, os dirigentes do Paraná Clube não podem ficar a margem esperando pelos fatos. É necessário demonstrar não só o desconforto e aborrecimento no processo da desclassificação na Copa do Brasil como "pedir" uma maior atenção na escala de árbitros no futuro. Num país continente como o nosso onde a dificuldade de locomoção e os enormes custos nas arbitragens , opta este departamento, na utilização dos homens de preto próximos aos Estados dos eventos. É aí que mora o perigo, pois, o corporativismo no apito não é lenda. Lá em cima, norte ou nordeste, a finalidade é a mesma, na dúvida prevalece o time da casa. Na verdade o que aconteceu neste meia de semana foi café pequeno, perto das arbitrariedades que virão à frente contra o Tricolor da Vila. No plano técnico e tático com Bonamigo à frente, considero um handicap favorável, por conhecer as entranhas deste campeonato voltado para um desempenho de aguerrimento e coração no bico da chuteira.
Certo ou errado?

sábado, 26 de abril de 2008

A força do Rádio.

Imaginaram um Atletiba decisivo, sem imagem e som, na intensa vibração dos locutores das emissoras de rádio. Seria uma forma inédita nesses tempos em que a comunicação tem dado mostras da sua capacidade de interagir nas informações. Não há veículo com tanta rapidez como o rádio e, para completar esse serviço apareceu a telefonia celular. Onde estiver um repórter, com um celular a mão, a instantaneidade é fora de série. Os mais capacitados dirigentes de emissoras de rádio e, para isso tem que ter uma vivência prática, sabem da importância e responsabilidade perante sua comunidade. Nesses tempos modernos sentimos uma troca na posição adotado pela incapacidade de pessoas que trafegam nesta esteira. Se utilizando de programações de fora e formando redes, preferem esses "dirigentes", na falta de capacidade, usar de subterfúgio tirando espaços de profissionais da cidade. Feito este reparo, inclusive, gostaria que soubessem que as emissoras que praticam este objetivo, estão com uma pontuação de IBOPE bem abaixo da crítica, foi através do esforço de talentosos e batalhadores profissionais que o rádio de Curitiba não deixou de existir. Veja o exemplo triste desta direção da Rádio Clube Paranaense, liquidando todo um histórico de uma das mais antigas emissoras do Brasil. Como notaram problemas há em todos os cantos. No futebol, por exemplo, aparecem ciganos de todas as partes, inclusive, querendo cobrar direitos de seus jogos, que na verdade são patrocinados pela C.B.F. e TV. Com um espetáculo para 35 mil torcedores, ingressos esgotados, com aficcionados cercados em torno de uma milhão para cada time, fica a certeza da procura daquela emissora preferida através de um simples radinho de pilha. Acontecendo o gol a emoção será completa e sem distinção.
Certo ou errado?

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Prejuízo.

Quando é passível de erro, "tapa-se" os olhos e bola para frente. O ditado na arbitragem é o tal da interpretação, convicção e o diabo que os carregue. Nunca se queixou tanto no Brasil com a discrepância outorgado a "sua senhoria". Faz e desfaz como se nada acontecesse, vai para o vestiário, depois, entrega a súmula do jogo para quem de direito, e fica no aguardo de outra escala. Quem está no âmbito da coisa sente mais. Semana passada o técnico Luxemburgo gritou para todos ouvirem que na arbitragem de São Paulo tem um cidadão, Coronel me parece, que dirige o departamento em questão, sem jamais ter ouvido um apito a não ser de guarda de trânsito. No futebol paranaense, o maior problema que se vê á a falta de estrutura, onde não há nenhum tipo de movimentação quanto a associação e sindicato para tanto. Os de boa vontade estamos cheios. Precisamos acima de tudo de competência para tal direção. O tempo vai passando, profissionalizar a classe cada vez mais difícil e, dizendo o português claro, medo da ingerência deste poderoso departamento. Quem assistiu o jogo de Porto Alegre entre o Internacional e Paraná Clube se enojou com o triste final de carreira de um assoprador da latinha de nome Vagner Tardelli. Confesso que não sei o que se passa na cabeça de certos apitadores, mas que dá para perceber quando não há boas intenções, isto com certeza. A gritaria foi geral, o público reclamou e o cara tomou um avião e foi embora. Na verdade, não se tem em conta o prejuízo do Tricolor da Vila neste "espetáculo". Que pelo menos se estabeleça no Brasil regras mais exigentes , pois, existe uma corja de safados atrapalhando a tudo e a todos.
Certo ou errado?

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Passo a Passo.

Na ânsia da construção do "seu" estádio, foi ao Rio de Janeiro a tiracolo com as majestades do Governo do Estado, na intenção de trazer a Copa do Mundo 2014. Isto é muito claro, seria a maneira de estar próximo ao presidente da C.B.F., Sr. Ricardo Teixeira. Precisando também da F.P.F., embarcou no apoio ao candidato Rafael Iatauro como sendo a bola da vez. Na sua volta tratou logo de conversar ou "convencer" o prefeito de Curitiba, Sr. Beto Richa. Seguindo seu intento, reuniu-se com um monte de dirigentes do nosso futebol para a criação de uma Liga. Como é do seu costume, colocou na cabeça desta galera, a importância desta medida para "fugir" das ligas e clubes amadores. Tudo a contento pela sua experiência, inclusive, envolvendo emocionalmente os dirigentes "amadores" como Jair Cirino dos Santos (Coritiba) e Aurival Corrêa (Paraná Clube). Entendendo estar bem alinhavado, como é próprio da cegueira de um déspota, acreditou não precisar nem mais da imprensa para o registro dos seus sonhos. Agora o que muita gente não sabe é como reage esta figura na contrariedade. Pois bem. Um dia antes do pleito, teve negado uma proposição feita ao Iatauro e, como nunca gostou da palavra, não, bateu à porta e foi apoiar à chapa do Hélio Cury, inclusive, tentando por telefone angariar votos. Vocês sabem de quem estou falando. É ele mesmo, aquele que despachou uma diretoria vencedora, como Marcos Coelho, Ademir Adur, Ênio Fornéa e tantos outros. Moral da história "fica sem o Estado na briga de seus propósitos, os clubes divididos na criação da Liga e a insatisfação da imprensa esportiva." Resta agora contar com o beneplácito da torcida atleticana, e para isso terá que ser necessariamente campeão paranaense.
Certo ou errado?

quarta-feira, 23 de abril de 2008

ATLETIBA.

Quem vai ganhar? É o comentário de sempre às vesperas de mais um na história desta dupla marcante no cenário do futebol brasileiro. Alguns preferem buscar no tempo as diferenças tanto no comportamento dos jogadores como da própria sociedade. Aí está a grande questão. Vou me dirigir com uma posição já firmada e formada de conceito, por ter vivido como atleta profissional e na condição de radialista e jornalista. O clubes viviam desta expectativa onde a origem maior do dinheiro vinha deste clássico e, por outro lado, os jogadores sem nenhuma idéia de ficarem ricos com a profissão. O "barulho" do jogo começava na 2ª feira e a rivalidade era mais acentuada pela força dos sentimentos dos torcedores do MUC e ETA. Sabia-se, antecipadamente, que para disputar um campeonato brasileiro o necessário era ganhar o título do Estado. Na época a vaga vinha por este fator, sem a política para atrapalhar. Objetivo para se conquistar era no mínimo difícil, pois, desde quando aqui cheguei, era feita uma lavagem cerebral, para se ganhar ATLETIBA. Lembro-me bem que as famílias se movimentavam. Deus me livre um herdeiro mudando de cores. Era um charme participar deste evento. O Estádio Belfort Duarte (nome anterior) sempre cheio, aliás, dividia-se pela metade, sem essa de oferecer 10% da capacidade para a torcida visitante. Confesso que vejo de forma diferente, nos dias de hoje, sem a necessidade de título e as equipes classificadas de antemão, para a principal série do campeonato brasileiro na famosa cadeira cativa. Como tudo mudou nessa vida e não poderia o futebol viver, só de devaneios, partiu-se, "infelizmente", para o processo do mercantilismo. Sem estar na 1ª divisão é estar sem dinheiro, onde o importante em todas as formas, é buscar a verba na TV. Como as gerações vão chegando e a história não pode morrer, fica da minha parte a saudade dos ATLETIBAS que participei.
Quem não conta dinheiro conta história.

terça-feira, 22 de abril de 2008

João Sem Medo.

Feliz e agradecido, neste sábado passado, com a recepção que tive da família do advogado Ennio Santos, ao lado de Edemar Annuseck, num papo de "assuntos gerais" (só futebol) e um churrasco supimpa, feito pelo sogro que veio de Caxias do Sul. No meio da conversa recebo com dedicatória e tudo o livro Histórias do Futebol contada pelo inesquecível João Saldanha. Com uma escritura leve e cheia de verve, culto, experiente, inato contador de casos, conhecedor profundo da bola e da natureza humana, vou lendo a sua narrativa instrutiva. Como não poderia ser vou ao Túnel do Tempo, lembrando alguns momentos que passei ao seu lado. Para quem não sabe, chegou a morar em Curitiba, granjeou amigos, e virou um torcedor do C.A.Paranaense. No seu bom humor mexia comigo chamando-me de capitão dos coxas, rivalidade amistosa é claro. Histórias é que não faltaram na vida do João. Aquela da Seleção Brasileira na polêmica cegueira do Pelé, As Feras do Saldanha, o recado ao Presidente Emílio Médeci sobre a convocação do Dario e passagens como técnico do seu Botafogo. Irreverente, simpático com todos, a imprensa via nele uma autoridade com sua experiência e humildade. Um dia no Maracanã, lá pelos idos de 79/80, jogavam Flamengo e Colorado. Vencia o time da Vila por 1x0, com o relógio marcando 39 minutos do 2º tempo. O jogo praticamente estava ganho. De repente entra na cabine, para minha surpresa, o Saldanha, gesticulando e dizendo que o o Colorado iria perder pelo cansaço do Perez e recuo acentuado do Jorge Nobre. Dito e feito. Em dois minutos, dois gols do galinho Zico. João gostava muito de Curitiba e quando tinha seus problemas de saúde corria para cá sempre atendido pelos médicos competentes e prediletos. Outra passagem foi em 81, no título Mundial pelo Flamengo, em Tóquio/Japão. Com tantas horas de vôo cheguei no hotel "daquele jeito" e, vira o João e diz, coxa branca não vá dormir que a barra é pesada. São 12 horas de diferença. Não deu outra, foi Saldanha com Lombardi Jr. que realizaram o programa A Turma do Bate Papo, da Rádio Clube Paranaense. O jogo foi no Olímpico entre o Grêmio e Flamengo. Gol do Nunes. Em certo momento da partida chegou a mim e disse "esse Renato é bom, tem corpo de lateral e velocidade de ponta. O tal Renato é o Gaúcho. João tinha uma problema de enfisema pulmonar. Em um determinado jogo em Viena, tomou chuva e para meu espanto, estava com páginas de jornal pelo corpo. Levei-o para o hotel já febril e fui buscar atendimento médico. O mesmo em Quito, Equador, na altitude faltou-lhe ar, e ao lado de Ronaldo Castro e Doalcey Camargo, da Rádio Tupy do Rio, levamos ao hospital onde ficou por uma semana. Não queria parar e mesmo a contragosto, foi para a Itália, na Copa do Mundo, onde adoeceu e morreu. Obrigado João pelos ensinamentos e quem o conheceu sabe muito bem aquilatar seu desempenho. Foi perseguido pela política, ferrenho comunista, e nunca teve medo de ninguém. Que bom foi lembrar de você.
Quem não conta dinheiro conta história.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

O craque Vanderlei Luxemburgo.

Sei que nem todos o admiram. Não sei se pelo modo de vestir ou buscando sempre uma "briga" tornando-se polêmico, mas a verdade é que muitos o aplaudem. Rejeição neste mundo do futebol é fácil ter, mesmo com as vitórias. Pelos resultados conseguidos em sua carreira, está próximo de mais uma, Luxemburgo buscou uma posição no trabalho, através de constantes variações em treinamentos e trocas constantes na maneira de dirigir um time de futebol. Com visão aguçada e exigindo dentro da possibilidade de cada atleta o máximo, vem desfilando vitórias e mais vitórias em seu currículo. Dentro do perfil que estabeleço em buscar o exemplo do ganhador e sem tentar fazer comparações com outros profissionais, o certo é que há muito tempo vem dando mostras de sua competência estabelecida com o Santos, Cruzeiro, Palmeiras, antes na sua fase embrionária com o Bragantino. Com todo certeza vejo nele ainda propósito de voltar à canarinho do Brasil, mesmo sabendo que politicamente a distância seja enorme com a contrariedade de Ricardo Teixeira. Se utilizando de uma maneira "gentil" mas, com muita perspicácia, aproveita sempre o espaço que a mídia lhe dá nas partidas de futebol, conhecendo a todos principalmente os jogadores que atuam no Brasil. Com Vanderlei o clube está resolvido, pois, sabe onde está o atleta no seu momento. Mesmo tendo a contrariedade daqueles que o veêm, sabe se impor por que conhece a "malandragem" do futebol e, por mais que depositem nele a antipatia gratuita, quando a bola rola ele que é o craque.
Certo ou errado?

domingo, 20 de abril de 2008

Ponte Preta Centenária.

Chega a ser comovente uma equipe de interior chegar a uma final, ainda mais, em se tratando de um Estado como de São Paulo, com suas amplas diferenças, a começar pelo próprio PIB. A "Macaca Campineira" chega pela 5ª vez na chance histórica à conquista no futebol paulista. Sem querer retratar nenhuma ilusão mas, com merecimento de bela campanha, vai mostrando competência há diversos anos. Clube localizado em uma das importantes cidades do Brasil, a famosa Terra das Andorinhas, Campinas com um pólo industrial muito forte. Na verdade cresceu tanto que suas autoridades se perderam no tempo, inclusive, inchada de uma forma desproporcional nas chegadas de mineiros e paranaenses do interior. Em outras épocas chegou à ser considerada uma cidade teste para determinados lançamentos de produtos. Sem fugir muito do conteúdo e alardear este momento, é bom dizer que a rivalidade com o Guarani sempre foi uma comparação necessária. Lembro 1978 com o título nacional pelos bugrinos. Com a distância de 90 quilometros, da maior cidade da América do Sul, num contraste de concorrência desleal de Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Santos e Portuguesa, a Ponte no tempo vergou e não quebrou. Na época do "antão", o interior abastecia a capital com suas revelações como Dicá, Sérgio (atual técnico), Carlos (goleiro), Oscar e outros. A dificuldade era imensa em dirigir clube de futebol, a não ser contando com dinheiro de empresários apaixonados pelo time. Esteve na 2ª voltou para a 1ª e vice-versa. Muitos anos de vacas magras. Outro fator importante dessa luta intensa, a construção do Estádio Moisés Lucarelli, com apoio irrestrito, inclusive, na mão de obra de torcedores. Porque não colocar a Ponte Preta no exemplo de valentia, perseverança e objetivo. Se em 1977, no Morumbi, não conseguiu ganhar do Corinthians que necessitava de um título em 23 anos de atraso, é a "Macaca" hoje de soslaio, aguardando por São Paulo ou Palmeiras para outra decisão. Digno de registro, independente do resultado.
Certo ou errado?

sábado, 19 de abril de 2008

Futebol x Política

Não deu outra. Que fique na lembrança mais uma vez, que no Paraná as coisas são diferenciadas. Dizia aqui, anteriormente, que a maior derrota da figura de prôa da política do nosso estado, Deputado Anibal Kury, tinha sido justamente num pleito da Federação de Futebol, não estava equivocado. É simples de se entender. A cultura de Curitiba, principalmente, dos homens que se acham, que mandam em tudo, está infelizmente no distanciamento que dão ao nosso esporte. Não é só no futebol, especificamente. Tivemos anos atrás, aqui em nossa capital, a maior expressão do voleibol do mundo, Bernardinho, campeão em todos os torneios, figura de referência e destaque, que não teve nessas pessoas da política um mínimo de apoio comprometimento e consideração. Mais recentemente, o Diogo Hypólito, outro campeoníssimo que foi embora para o Rio de Janeiro, já desfilando com a camisa do Flamengo. Falando agora mais do futebol, e a demora para conversar com os homens da C.B.F., sobre a Copa do Mundo/2014. Foi dada a impressão que estavam fazendo um favor para os paranaenses. Se o candidato derrotado neste pleito à Federação, Sr. Rafael Iatauro, esperava ganhar para se movimentar à condição de deputado no futuro, começou pela contra mão, pois, nunca se soube que tivesse levantado um grampo a favor da terra, neste expediente. E iria mais adiante, nos exemplos, notoriamente no rádio, onde não se enxerga nenhuma simpatia, relegando a todos num outro universo. O que se pede na verdade é que se tenha mais atenção, humildade e apoio na cultura esportiva. Tomara que uma autoridade entenda esse propósito. Torço fervorosamente que um governador, expressão maior do Estado, além da base que deve sustentar sua administração, ou seja, saúde, transporte, segurança, escolaridade, venha para este lado, pois, é mais fácil viver com desportividade.
Certo ou errado?

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Primeira Derrota.

O faz tudo do Atlético, Sr.Petraglia, vai sentir na pele o que virá por aí, não só pelas contestações no âmbito esportivo, como muitas represálias. Na ânsia de "tomar" dinheiro das emissoras que transmitem futebol, é nítido o comportamento de contrariedade da imprensa nacional. A começar pela decisão favorável impedindo que tal cobrança seja feita, através da Juiza Nilce Regina, da 5ª Vara Cívil de Curitiba mostrando através da Lei Pelé ilegalidade no assunto. Resumo da ópera: essa tal Lei, segundo ela, não dispõem sobre a regulamentação referente à transmissão de radiodifusão. Considerou também, que tanto a C.B.F. como a F.P.F., disciplinam somente questões envolvendo as imagens dos jogos e na sensibilidade da juíza, a imagem diz respeito à percepção visual, e não a marca. Uma outra questão a imaginar se cada time de futebol resolvesse instituir cobrança por critérios próprios, seria na verdade o samba do crioulo doído. A primeira providência quanto a discordância veio através da Rádio Transamérica na defesa do Dr. Júlio César Brotto, da escola do mestre René Dotti. Como não navego nessa área, dizem que cabe recurso. Por outro lado, o Toledo não permitiu a transmissão de domingo pelo site do Furacão, onde o clube do interior alegou, honestamente, que tem contrato de exclusividade com a R.P.C. Desgaste sem necessidade. Atitude como essa do Atlético é como diz um companheiro de rádio, "pequeninas coisas de um grande futebol".
Certo ou errado?

quinta-feira, 17 de abril de 2008

A volta do Onaireves Moura.

Pagando um alto preço em sua vida, resurgiu ontem das cinzas, como a Fênix, o ex-presidente da Federação Paranaense de Futebol, na presença da imprensa, soltando os cachorros em companheiros do passado e criticando duramente o Governador Roberto Requião. Foi surpreendente a aparição do Moura, demonstrando muita mágoa chamando alguns de "traíras" e de caloteiro, o mandatário da política do Estado. O assunto Federação, sabemos, merece muitos questionamentos, a ponto de notarmos nessa situação, retaliações de todas as partes. Com aparição do Onaireves, o pleito de hoje poderá mudar uma situação que parecia cômoda a favor do candidato de governo, Rafael Iatauro. Como não dizer que, surpreendentemente, a um passo da eleição, uma carga pesada não venha a eclodir nesta revolta, dando uma conotação de alerta a aqueles que tem direito do voto. Pelo que falou é dizer para não esperarem "favores" dos que nunca ajudaram. O tom desta discórdia terá um preço caro aos que o alijaram, pois, é nítido e notório que seu candidato seja, Moacir Peralta, amigo de outros carnavais. O negócio é aguardar por novos desmembramentos onde muito coisa ainda será dita.
Certo ou errado?

Centenário dos Clubes.

Tradição não se discute, pois, ainda é a maneira indiscutível de se fazer comparações em todas às suas gerações. Chegar a um período de 100 anos, com notória aplicação de dirigentes em todos esses tempos, é no mínimo conceber experiência e respeitar as instituições, neste caso esportivas, que chegam movidas por sentimento de amor próprio. Ter consciência das dificuldades na crença e amplitude dos fatos, vivendo dúvidas infindáveis, quantos personagens se associaram e deram consistência para chegar aos nossos dias. Ao torcedor fica a lembrança do momento, onde espelha a conquista e concentra o histórico maior da divulgação dos feitos. Homenagens merecidas ao Atlético Mineiro (o Galo das Alterosas) nesta temporada, e ano próximo o Coritiba (Verdão Coxa Branca) e o Internacional (Colorado dos Pampas), com a certeza que na fraca cultura esportiva deste país está também, o condicionamento da memória. Deixo nessas linhas a todos que carregaram com sucessos e insucessos, com erros e acertos, a minha admiração pela construção dos ideais em conjunto Que sirva de lição nesta passagem centenária desses clubes o exemplo da perseverança e honestidade de propósito, pois, a história conduzirá em sua plenitude.
Certo ou errado?

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Visibilidade Esportiva.

Uma coisa é estar fechado em quatro paredes, exercendo o trabalho que lhe é destinado ou distribuído, e outra, é estar no contato diário com visibilidade em atuações perante um público exigente. Dias atrás, por experiência, toquei num assunto muito sério sobre o andamento dessa próxima eleição na Federação Paranaense de Futebol. Confesso que não estava errado. Vendo e acompanhando o noticiário nos jornais de Curitiba, é de estarrecer as denúncias e mais denúncias já computadas antes deste pleito. E o que mais chama atenção é justamente a chapa do secretário-chefe da Casa Civil, Rafael Iatauro. Com inscrição irregular por supostas falsificações no reconhecimento de firma do seu vice, Paulo Esteves da Silva, onde o cartório do Cajuru nem possui o cartão de assinatura, é só um ítem. Querem mais. Hoje, no artigo de Celso Nascimento da Gazeta do Povo, está escrito que está na mesa do procurador-geral de Justiça, Olympio Souto Maior, uma notícia crime contra o mesmo canditado e seu outro vice, o ex-presidente da Paraná Esporte, Ricardo Gomyde, por fazer uso de recursos públicos para angariar votos para a chapa. Seriam R$ 100 mil para Associação Paranaense do Esporte, antes mesmo de cumprir qualquer formalidade da assinatura do convênio. Isso tudo para resolver a dívida da Federação que é de mais ou menos 50 milhões. Será que vale a pena se expor ao vexame? Mas, o que mais aborrece é a falta de compostura de pessoas que sempre viveram de política, pois, acostumados no seu cantinho não tinham conhecimento da necessária visibilidade honesta no fair-play da vida e propósito.
Certo ou errado ?

terça-feira, 15 de abril de 2008

O ídolo Charlton Heston.

Uma das maneiras de expressar amizade é contar um ao outro as suas histórias, bem como viver algumas delas juntas. Afinal, o que é o ser humano sem uma história? Estamos vivendo uma correria , em busca não sei do que, mas a verdade é que ainda não temos a arte de parar. O que mais se aplica de momento, nesta globalização desenfreada é o pique diário. Como nem só de pão vive o homem, um pouco no recuo da vida, faz bem consigo mesmo. Tudo isso para dizer daquela infância, ao lado dos irmãos Nélson e Sérgio, sem ter o domínio do que estava reservado a nós, correndo atrás de balões, empinando papagaio, jogando bola no distrital do bairro e, aos domingos, correndo para o cinema com as "famosas" matinês. Seriados do Zorro, Flash Gordon, Roy Rogers e no intervalo , comendo pipoca. Enfim, todos que viveram esse tempo têm saudades. Era uma diversão familiar. Pois bem, surge como lançamento da época/1956 , o filme que mais me marcou: Os dez Mandamentos. Imaginem todo colorido, e com mais de 5 horas de duração, com a direção de Cecil B. de Mille, contando com os melhores atores, aprendemos a história de Moisés, na figura central de Charlton Heston. Até hoje não esqueço deste artista e, também de suas performances em Ben-Hur, El Cid, Agonia e Extase. Confesso ter visto seus filmes de forma repetitivas e a conclusão que tenho, é que foi o melhor. Aos 84 anos perdemos Charlton Heston , mas suas obras ficarão para sempre.
Quem não conta dinheiro conta história.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Eleições na Federação Paranaense de Futebol.

O que leva uma pessoa entrar numa fria como essa. Não sei se verdadeiro, pelo menos ninguém contesta, há uma dívida em torno de R$ 50 milhões. De tantas notícias desencontradas já não sei quem tem mais direito à esta próxima eleição. Algumas chapas "estão registradas" e pelo jeito o veredito estourará no dia 18 (será). A maior dúvida agora e saber dos que terão direito ao voto, estando como certo em urna fechada. Muita coisa terá que ser feita. Começo pelo Estádio do Pinheirão, este imbróglio que nasceu cheio de falhas, contrariedades e nunca chegou a se firmar, principalmente, no conceito do torcedor. A princípio seria promover jogos do Atlético mas, por problemas políticos entre as partes, nada foi consumado. Depois, foi a vez do Paraná Clube, e a impressão é que iria decolar. Nada feito, pois, o Tricolor da Vila retornou à Vila Capanema. Com processos e mais processos perdendo totalmente as suas forças, a diretoria que atuava por mais de 20 anos foi fraquejando e deixando o cáos que se encontra. Mesmo com problemas de toda a espécie, tem quem queira entrar nesta parada. Será um trabalho de longo prazo, tendo que se estabelecer metas e metas para um organograma de crescimento. Tomara que o objetivo que venha a ser traçado seja promissor. Acredito que não se pode, neste momento, colocar gente que nunca "praticou" a desportividade e talento para coisas esportivas.
Certo ou errado?

domingo, 13 de abril de 2008

Uma Aventura na Polônia.

Domingo é o dia da adrenalina. Desde os tempos como jogador de futebol e, nesses 33 anos de rádio esportivo, não me vejo em outra coisa. De uns tempos a esta parte, para quebrar o gelo, começo a gostar de escrever, diariamente, onde noto me pegando em fatos desta vida esportiva. Será por nostalgia ou recordação? Acredito muito mais na recordação, pois, tantos são os momentos desta "aventura" que misturo, o momento com o passado, e com toda a franqueza é no domingo que me atrapalho todo. Então é nesse instante que vêm à lembrança algumas passagens, como exemplo, um determinado dia estar em Varsóvia/Polônia, com o brilhante Luís Augusto Xavier à procura de um correio, no envio das suas matérias aos Jornais Estado do Paraná e Tribuna. Isso foi em 1985. Com o regime comunista em ebolição, tendo que mostrar a todo momento, o visto de entrada e saída, inclusive, com o papel bancário da conversão do dólar, íamos nós andando nesta bonita cidade atrás do objetivo do Xaxá. Notávamos um povo retraído, sem nenhuma idéia futura e vivendo nessa exigente política retrogada, do Leste Europeu. Confesso que a tristeza tomou conta e um dos motivos para sair deste pesadelo, seria torcer pela Seleção da Polônia que jogaria com a Bélgica, valendo a classificação para o Mundial do México/86. Para não estender o fato, achamos o tal correio e, surpreendentemente surge à porta uma senhora com quase 2 metros de altura, vestindo roupa de exército e portando uma metralhadora nas mãos falando coisas jamais ouvidas. Usando o famoso jeitinho brasileiro, "o sorriso", conseguimos o intento. Quanto ao jogo, este foi realizado em Chorchov, cidade perto de Katowice com resultado de 0x0 que classificou a Polônia de Boniek , com transmissão inédita e exclusiva para o Paraná e Brasil, pela extinta Rádio Cidade AM-670, contando é claro com a nossa torcida, mas a vitória maior estava reservada em 1989 com a Queda do Muro de Berlim e, consequentemente, a extinção do regime.
Quem não conta dinheiro conta história.

sábado, 12 de abril de 2008

Clube Atlético dos "Paranaenses".

Quando o país respira marketing em todos os sentidos, priorizando produtos através da inteligência e conhecimento de causa, notamos desde ontem, que a tomada de medida dos dirigentes atleticanos na cobrança indevida das emissoras de rádio, o mínimo que se pode pensar é na situação financeira do clube. Quando o assunto chegou, procurei entrar na pauta das reflexões, tentando buscar causas e efeitos que nós levam pelo menos à interpretações. Acostumado as grandes negociações com atletas, só de lembrança, Kléber, Lucas, Kelly, Adriano, Kléberson, Paulo André, Guilherme, Jadson, Fernandinho e alguns mais, o clube entrou no apogeu financeiro. Sem ligar muito para esquemas táticos e, se utilizando de técnicos que aceitavam esta prerrogativa, foi o Furacão para 0 mundo. Com total aprendizado e apoio de Juan Figger, empresário bem sucedido internacionalmente, e que foi abandonado à posteriori, partiu Petraglia com olhos vidrados em cifras extraordinárias. Como tudo na vida sobe e desce, como também, não há bem que sempre dure e mal que não se acabe, variações que estabelecem o equilíbrio, o descontrole foi chegando. Mas, que equilíbrio é esse! Começamos lá atrás com o atleta Dagoberto. A diretoria se perdeu totalmente, pois, mostrou muita ganância e perdeu a parada; com Jean Carlo a mesma coisa; e o que dizer do Marcus Aurélio (Santos F.C.) e a não permissão de imagem para os 4 cantos do nosso Estado, num total desrespeito ao seu público "paranaense"; sem esquecer também das saídas de seus melhores jogadores, Ferreira e Clayton, para buscar mais algumas moedas. Como visionário e experiente, o dirigente-mor atleticano entende que a fonte está se esgotando. Como o elenco é mais ou menos e, sem a possibilidade de angariar fundos, foi se envolver com a imprensa. Sonhar achando ser um dirigente do Milan, Chelsea, Manchester dá nisso. Volte para casa Petraglia e, lute novamente por um ideal.
Certo ou errado?

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Inversão de valores.

A medida tomada ontem, pelo Sr. Petraglia, questionando às presenças de emissoras de rádio que transmitem futebol, exigindo pagamentos por seus direiros não é nenhuma novidade. Lembro que em 1990, ao lado dos companheiros Edemar Annuseck e Barbosa Filho (chefe da equipe) pela Rádio Tupy de São Paulo, presenciamos este mesmo assunto, fato que pode servir de apoio ao diálogo franco e honesto, evitando com isso retaliações. Naquela oportunidade, quem se arvorou foi o Tricolor do Morumbi, não pelo lado financeiro mais, por antipatia a determinados comentários. O que aconteceu! Primeiro a movimentação dos presidentes do Corinthians, Santos, Palmeiras, Portuguesa, Guarani etc., que não admitindo esta hipótese, colocavam-se à disposição dos profissionais do meio "exigindo" as transmissões, contando também com outra questão, nas informações imprecisas da imprensa que eram passadas ao público de forma jocosa. Não precisou 15 dias, para o Conselho Deliberativo do São Paulo, de forma extraordinária, pedisse trégua.
Se utilizando do mandatário da Federação Paulista, Sr. José Farah, com presença da ACEESP, de ilustres profissionais e, na postura de argumento de Fiori Gigliotti, foi enaltecido a desportividade, a democracia e a necessidade de se apoiar pela comunicação esportiva, aos que não tinham condições de ir a um estádio de futebol pela deficiência física ou pela falta de dinheiro. Fechada à questão todos ganharam. Me dirijo ao Sr. Petraglia em que sempre o respeitei por sua tenacidade e despreendimento às causas do Atlético, "que momento é esse de exigir da imprensa como se ela fosse culpada pela não renovação de contrato com a Kyocera; pela fraqueza deste time que está jogando no campo; pelos resultados infelizes como contra o Corinthians cover de Maceió; pelas liberações dos seus melhores atletas, enfraquecendo sobre maneira, o comportamento coletivo e outras cositas mas". Pense Petraglia, não se atire de forma odienta a um processo que o Brasil esportivo vai retaliá-lo. Não vejo esta necessidade, ainda mais com um valor exorbitante nesta sua exigência. Lembre-se que como proprietário de emissoras de rádio, que foi, sua preocupação maior era levar a informação correta aos seus ouvintes, e para finalizar não será desta maneira, que a Copa do Mundo/2014 virá para seu estádio.
Certo ou errado?

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Convicção.

Meus amigos, não dá para tapar o sol com a peneira e, cá para nós no abafadinho, o Coritiba F.C. vai de mal a pior. Ontem, no Couto Pereira jogando contra a fraca equipe do São Caetano (14ª) do futebol paulista, não teve força para pelo menos fazer um gol. Sem qualidade, péssimas contratações e mal orientada pelo técnico Dorival Júnior o destino alviverde é preocupante. É bom salientar que em determinado momento da partida o Azulão contou com 9 jogadores. Sem nenhuma estratégia, precisando impor ofensividade se perdeu totalmente a ponto de colocar o jogador Veiga com 25 minutos do 1º tempo e retirá-lo no vestiário para o 2ª parte do "espetáculo". Desclassificado da Copa do Brasil/2008 e ouvindo as papagaiadas de sempre, após o jogo, a torcida perdeu a paciência e espera pelo pior no paranaense à partir deste domingo contra a equipe do Paraná Clube. Na verdade o que está em jogo é esta falta de convicção dos atuais dirigentes. Com as saídas de Tonico Xavier e Edison Mauad, integrantes do departamento de futebol, agora contando com Homero Hallila, integrante do G9, sem nenhuma interpretação da causa futebol, dos avessos esperam contratar um coordenador para gerenciar e ao mesmo tempo demitir o técnico. Na verdade é mais ou menos isso, com mais uma agravante, saindo a público informando que sairá um "caminhão" de atletas no final deste turno. Deixo no ar enquanto é tempo. Onde está o Conselho Deliberativo e a famosa comissão de futebol que na época exigia dos ex-dirigentes? Falar é fácil. Cuidado com a vergonha na frente.
Certo ou errado?

quarta-feira, 9 de abril de 2008

A força da Série B.

Vem aí mais um Campeonato Brasileiro, destacando-se as Séries A e B. A cada ano que passa notamos um crescimento de motivação, principalmente, na Série B. O que antes era insuportável pensar que times tradicionais caíssem, a coisa parece tomar um caminho de forma corriqueira. Senão vejamos, exemplos do Botafogo, Palmeiras, Grêmio, Vitória, Atlético Mineiro, Bahia, Fluminense e os nosssos Coritiba F.C e Paraná Clube da vida, que amarguraram esta situação. Nesta mesma conversa vem escalado para 2008, um dos mais tradicionais clubes da América do Sul, para enfrentar um estágio de retorno a 1ª divisão, que é o Corinthians Paulista de tanta gente. Claro que na queda começa o desconforto dos dirigentes e a tentativa de explicações plausíveis mas, na frente as coisas vão se encaixando, pois, a verdade é que todas as equipes citadas acima, cresceram na adversidade a ponto de melhorarem suas situações administrativas. Na entrevista do presidente da FBA, sr. José Neves, que representa e bem os interesses da Série B, a simples participação do Timão do Parque São Jorge, aumentará em 300% os valores das cotas que serão repartidas com os demais integrantes deste campeonato. A visibilidade deste certame é melhor ainda, por que conta com as participações decisivas dos torcedores, onde encontra-se o que há de melhor, o sentimento nas arquibancadas. Outra coisa a ser citado é o tipo, a maneira de se jogar na 2ª, onde o craque dá a vez a raça e coração no bico da chuteira. Será que cair de série é tão ruim assim? Vamos dizer que seja bom para dar um passo atrás, arrumar a casa e voltar mais protegido pelo aprendizado.
Certo ou errado?

terça-feira, 8 de abril de 2008

Santo Sudário.

Estava com viagem marcada para Itália, precisamente à cidade de Turim , com o brilhante locutor Alcyr Ramos (hoje em Londrina na Radio Brasil Sul), para cobertura dos últimos jogos do campeonato da "bota" com a equipe da Juventus, motivado pelas atuações do Falcão (Rei de Roma) e sem a cobertura da televisão. Isto foi em 1984. Nesta mesma semana, antes do embarque, coincidentemente acompanhava uma reportagem do que considero ainda o melhor repórter internacional (Hélio Costa), hoje Ministro das Comunicações, sobre o Santo Sudário.
Como me instalei por muitos dias, nesta cidade da Lombardia, fixei como objetivo também, conhecer a história do "Lenzuolo de Cristo" (vestes branca quando retirado da cruz). Foi um dia de muita emoção quando cheguei à igreja e, no altar-mor me deparei com a imagem de Jesus. A verdade é que este lençol tem história que remonta desde Constantinopla, com outras passagens até se fixar na cidade de Turim. Os historiadores contam que depois de uma doença contagiosa, uma promessa havia sido feita pelo Rei da época e, essa peça teria sido o motivo da crença maior da recuperação. Expressão cansada e semblante fechado foi como notei o dia que mais me aproximei de Cristo. Bem, quanto aos jogos, comentei pelo rádio a conquista da Juventus de Turim (Vechia Senhora) no seu 21º escudetto.
Quem não conta dinheiro conta história.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Tema da Vitória.

Faz bem para alma, quando um desportista brasileiro sobe ao podium. Aliás é bom nos previnir quanto a Olimpíada/China que se aproxima onde os brasileiros se árvoram em discutir modalidades sem os conhecimentos total da matéria. Mas vale pela torcida. Já disse em outras oportunidades que além do futebol, gosto também da Fórmula 1. Tive em 87 e 91 a satisfação de acompanhar os títulos de Piquet e Senna ao vivo e a cores ao longo das etapas. Mesmo estando sempre ligado às coisas desta modalidade de automobilismo e, sem conhecer os meandros técnicos da "porca ou parafuseta" a visibilidade dá mostra de quem é quem nos circuitos do mundo. Se outrora tivemos em Émerson Fittipaldi um precursor, com Piquet e sua técnica na pilotagem e o arrojo impressionante de Ayrton Senna, passamos vários anos sem poder ouvir a trilha tão significativa. Agora nos deparamos com um garoto, que tem um pouco de tudo desta escola em referência que é o Felipe Massa. Bastou ter problemas nas primeiras corridas no acerto do carro (a tração) e muitas críticas no mundo da Fórmula 1 desabaram. Ontem os criteriosos se calaram mercê da prova excepcional que realizou em Bahrein, levando sua máquina Ferrari do começo ao fim. Podem esperar brasileiros, pois, neste ano o Tema da Vitória será muito mais veiculado pela TV Globo.
Certo ou errado?

domingo, 6 de abril de 2008

Semifinais do Paranaense.

Finalmente conhecemos os quatro semifinalistas do Paranaense/2008. Pelo andar da carruagem, algumas coisas são visíveis e que poderão resultar em vantagens dentro de uma leitura mais racional. Sem jogar favoritismo para time algum a verdade é que houve uma queda brusca na dupla Atletiba sob o ponto de vista técnico e coletivo. A salientar de momento que o melhor técnico da competição seja Paulo Bonamigo. Tanto Ney Franco como Dorival Júnior não conseguiram estabelecer o melhor nível de aproveitamento. O empate desta tarde na Arena contra o Irati (desclassificado) deixou uma margem grande de dúvida aos torcedores atleticanos, se bem que nem a Baixada tem feito a diferença. Exigir o que do Toledo, a não ser respeitar seu bonito trabalho com as eternas dificuldades do interior. É bom lembrar também que o Coritiba F.C. terá que se desdobrar no meio da semana para evitar um vexame contra o São Caetano pela Copa do Brasil, no Couto Pereira. Portanto , Toledo, Coritiba, Paraná Clube e Atlético estarão correndo atrás da bola neste próximo final de semana. Como estou notando que tecnicamente esta bola não está redonda, poderemos ter um campeão jogando com raça. Também vale.
Certo ou errado?

sábado, 5 de abril de 2008

O mito Evangelino Neves.

Comandando o Coritiba F.C. em várias oportunidades, na soma em torno de 20 anos, o "Chinês", como era tratado, foi na verdade a maior autoridade do futebol paranaense, na questão de títulos conquistados. Foi com Evangelino que o futebol das araucárias cresceu e desenvolveu a ponto de chegar à um título brasileiro em 1985, no Maracanã. Mesmo com as dificuldades no plano orçamentário foi quem mais conseguiu realizar façanhas como nos títulos paranaenses até chegar a marca histórica do Hexa-campeonato. O que dizer do Torneio do Povo em 73, ganhando das mais expressivas equipes do Brasil como também a Fita Azul, vencendo em campos estrangeiros de forma invicta. Na década de 70, com seu comando, deu ao verdão 8 títulos estaduais. Entre idas e vindas teve também suas derrotas. Existe e sempre existirá a lembrança de quem entra na visibilidade de competição e vence. Essa será com justiça a lembrança à aquele que provou sua competência, tenacidade e inteligência no trato do clube. Muitas histórias serão contadas à frente, pois, uma pessoa que viveu intensamente o esporte, saindo como um campeão, terá com certeza a memória permanente dos desportistas e simpatizantes. Para muitos na saída do cenário da vida, Evangelino da Costa Neves tornou-se um mito. Minha homenagem fica no sentimento e gratidão de ter convivido no maior momento de sua história vencedora como Capitão da sua equipe.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Performance de Bonamigo.

Quem vem conseguindo resultados excelentes é o técnico Paulo Afonso Bonamigo. Como jogador sempre mostrou um estilo de combatividade, o que é uma característica do atleta no sul. Pelos campos do seu Rio Grande, desfilou bons e maus momentos chegando a atuar pela dupla grenal. Foi no Grêmio Porto Alegrense que conseguiu seu maior intento como atleta profissional fazendo parte do elenco campeão do mundo, em Tóquio-Japão em 1983.
Rodou por aí e quando parou de correr atrás da bola, iniciava sua carreira de técnico, bem lá em baixo, com equipes do porte do Mogi Mirim, Madureira, Remo e Joinville. Na verdade começou alçar vôo aqui no Paraná Clube, passando depois pelo Coritiba F.C., Atlético Mineiro, Palmeiras, Botafogo, Marítimo, Fortaleza e Goiás. No meio desta conversa, voltou ao verdão coxa branca na tentativa de retorno deste clube em 2006 na 1ª divisão. Foi onde conheci a pessoa e o profissional Bonamigo, esgrimando em bons diálogos a respeito do mundo da bola. Conseguimos um bom aprendizado. De lá para cá , acompanho sua performance torcendo pelo seu sucesso. Ao lado dos escudeiros, Édson Gonzaga (campeão brasileiro/85) pelo Coritiba e Alciney, ex-jogador do ABC de Natal, vai mostrando seu crescimento nos critérios necessários para a boa condução de comandar. Pela circunstância de momento oferecida a ele pelos dirigentes do Tricolor da Vila, podemos considerar que vem cumprindo de forma positiva seu papel.
Certo ou errado?

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Nostalgia.

No futebol que se pratica hoje tenho como lembrar de passagens maravilhosas de um tempo em que o significado maior era saber jogar. Seria ridículo fazer uma comparação da técnica individual do passado, com o que se vê hoje pelos campos esportivos. A falta de um maior conceito da bola vem proporcionando exageros da mídia em salientar de forma rápida o "craque". Seria uma nostalgia de momento? Não, pois tenho consciência do que escrevo e ainda mais, ter vivido a fase de ouro como atleta de futebol. Desde a tenra idade, assistia a qualidade do Zito, Dino Sani, Pampolini, Didi, Jair Rosa Pinto, Ademir da Guia, Bazaninho, Joaquinzinho, Luizinho (Pequeno Polegar), Rafael Chiarella e daí para frente. Com 15 anos de idade convivi em treinamentos com veteranos do Palestra-Palmeiras, salientando as presenças de Oberdan, Fiume, Lima, Sarno, Rodrigues e outros. Verdadeira escola. Mas, devo tudo isso, a uma pessoa maravilhosa que conheci e que me deu o caminho das pedras. Seu nome, Armando Amadeu. Foi quem me apresentou à Rubens Minelli e a Valdemar de Brito (descobridor do Pelé). Armando jogou explendidamente no meio campo com passagens pelo Palmeiras, Bahia, Noroeste. Como ele dizia: "é a bola que fala por você". Como não poderia ser jogou com a camisa 5 , o número que representava o cartão postal de uma equipe. Agradeço os conselhos e a sua convicção, pois, com 19 anos estava no Maracanã, jogando pela Seleção Paulista de Futebol. Minha homenagem, Armando Amadeu.
Quem não conta dinheiro conta história.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Copa do Brasil em destaque.

Tanto o Paraná Clube, que jogará em Salvador na Bahia de Todos os Santos, como o Coritiba em Santo André, São Paulo, nesta 4ª feira, terão uma oportunidade para avaliação dos elencos visando o complemento do calendário esportivo para 2º semestre dentro do Campeonato Brasileiro. Com certeza uma boa oportunidade às comissões técnicas, numa aproximação do necessário ajuste individual e coletivo. O futebol paranaense não tem se mostrado competente neste tipo de torneio nacional. Se pesquisarmos anteriormente, como análise de produtividade, a falta de um melhor planejamento emperrou as possibilidades. Lembrando ano passado o Atlético Paranaense largou no campeonato doméstico jogando com sua terceira equipe, na tentativa de prognosticar um melhor desempenho nacional. Além de não ter conseguido, parando no início, prejudicou o andamento no Campeonato Brasileiro. Qual a formula? Não é tão fácil assim, convenhamos, até porque os clubes tropeçam no lado financeiro e com outro agravante, que são as mudanças constantes de atletas, na famosa janela do empresário. Enquanto ficamos a pensar no melhor, que tal uma torcida para hoje a noite. Não esquecer também do Paranavaí que enfrentará o "famoso" Corinthians de Macéio.
Certo ou errado?

terça-feira, 1 de abril de 2008

Conselho Fiscal do Coritiba F.C.

Em reunião acontecida nesta 2ª feira pelo Conselho Deliberativo do Coritiba F.C., foi aprovado de forma unânime, as contas da temporada passada. Contando com os préstimos do Conselho Fiscal e, também dos profissionais de Auditoria Contábil, a certeza da seriedade desenvolvida no comando do ex-presidente Giovanni Gionédis e sua diretoria. No mundo do futebol profissional de hoje é inquestionável acima de tudo, que um clube seja dirigido com seriedade, franqueza e verdade. Foi o que sempre primou Gionédis em sua gestão. Reforço ainda mais pela convivência que tive com este grupo afinado que dirigiu o clube por alguns anos. Para o torcedor o que vale mesmo é a resposta em campo na visibilidade dos resultados. Não tenho dúvidas quanto ao fanatismo, pois, faz parte do contexto, mas há de se considerar que um plano gestor começa com honestidade de própositos. Não só no desenvolvimento do lado ferrenho nas conquistas esportivas, como de certo modo, a firmeza principalmente na condução financeira.
Portanto, você que gosta do clube, respira com satisfação o desejo do sucesso alviverde, nunca deixe de ver e salientar as diferenças de comportamento. Dirigir futebol não é uma tarefa fácil, entendam, afinal o que vale no frigir dos ovos sãs os resultados. A expectativa é grande em torno de dirigentes, mas não tendo o "craque" para fazer o gol nem sempre isso adianta. Imaginem ganhar títulos na gestão, buscar o equilíbrio no financeiro e ao mesmo tempo ver suas contas aprovadas de forma unânime. Foi o que fez o ex-presidente Giovanni Gionédis e sua diretoria.
Certo ou errado?