domingo, 11 de agosto de 2013

O salto do futebol paranaense.

Um dos fatores de crescimento do futebol paranaense, ainda quando tratava as coisas com significado fator de amadorismo, e só veio se fortalecer a partir de 1967, quando o Ferroviário, campeão da temporada, foi indicado a participar de uma disputa nacional. Antes essa competição contava com times do eixo Rio/São Paulo e do Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Vários foram os nomes, lembro-me da Taça de Prata, até que no ano de 1971, passou a ser chamado de Campeonato Brasileiro. Claro, por estar distante do intercâmbio nacional, o time paranaense sucumbiu com péssimos resultados. Se o Ferroviário era considerado o melhor time do Estado do Paraná, imaginem os outros, pois, a campanha foi um desastre. A partir de então, o gosto de estar competindo com equipes tradicionais do Brasil, fizeram surgir nomes que passaram a ter a devida importância no mundo esportivo da cidade, Jofre Cabral e Silva e Evangelino Costa Neves.

Com o devido respeito a outros personagens que tocaram o futebol no Estado, entendendo que a dificuldade era imensa, a história conta que após o surgimento do Jofre pelo Atlético e Neves pelo Coritiba, é que as coisas se modificaram na iniciativa que somada ao entusiasmo e dedicação, mexeu com o público local ao transformar mais ainda a rivalidade da dupla Atletiba. Como cheguei do futebol paulista em meados de 1970, contratado pelo Coritiba, o que relato é muito mais pelas conversas longas com dois jornalistas e historiadores, Carneiro Neto e do saudoso Vinícius Coelho, que inclusive, lançaram um livro, anos atrás, sobre as trajetórias das duas equipes.

Uma delas foi contada, foi quando Jofre Cabral se mandou para a cidade de São Paulo com seus pares de diretoria, trazendo para cá, jogadores de alto prestígio, mesmo que no ocaso de suas carreiras. Imaginem o estardalhaço com as chegadas de um Bellini, Zequinha, Nair, Durval, Nilson, Milton Dias e Zé Roberto. A própria política esportiva, que tinha em José Milani, Presidente da Federação Paranaense de Futebol, teve que mudar o quadro de indicação do time a representar o Estado, com disputas internas do Coritiba, Atlético e Ferroviário. Com o insucesso do Ferroviário na disputa anterior, quem levou foi o Furacão, que além dos seus excelentes profissionais, trouxe num acordo entre as partes, jogadores do Coritiba, do porte de um Célio e Nilo e do atacante Madureira, do Ferroviário. Até hoje encontro pessoas que se lembram de uma grande vitória do Furacão em cima daquele poderoso time do Santos. Em tempo. Com o falecimento do Jofre, problemas cardíacos o levaram a morte dentro de um estádio em Londrina, perdeu-se por um tempo a condução do clube.
 
Com a injeção de ânimo por parte dos atleticanos, aí sim, surgiu aquele que viria a se tornar uma lenda máxima ou mito, do futebol paranaense, Evangelino Costa Neves. A verdade é que mexeram com o “Chinês”. Histórias pela boa ligação com os dirigentes do Santos, em que assinava várias Notas Promissórias que ficavam no cofre do Peixe a Deus dará, Evangelino que morava nas cercanias de Vila Belmiro quando garoto, trouxe um técnico de renome, Francisco Sarno e jogadores de bom nível técnico. Foi a partir de 1969, ganhando inclusive o título estadual do ano e disputando o certame nacional, é que iniciava Evangelino, sua consagração. Fortalecido, ainda mais, na década de 1970, aí sim enfileirou títulos e mais títulos, chegando a ganhar 8 títulos estaduais, numa época em que vencer um campeonato estadual era verdadeiramente uma Copa do Mundo, pois, dinheiro só vindo das arquibancadas. Hoje, o futebol paranaense, tem marcado presença com marcas relevantes de conquistas, salientado pelo seu estágio, a considerar o lado financeiro obtido pela TV.

Brilhantes técnicos, depois, vieram trabalhar em Curitiba. Foram eles, Filpo Nunes, Valdemar Carabina, Elba de Pádua Lima, Jorge Vieira, Yustrich, Paulinho Almeida, Alfredo Ramos, Ênio Andrade, Otacílio, Fronner. Evaristo de Macedo. Sem que fossem dadas oportunidades aos formados em casa, não esqueçamos do Geraldo Damasceno, Borba Filho, Levir Culpi, Lori Paulo Sandri e Lanzoninho. No momento, englobaria, Caio Jr, Marquinhos Santos e Cuca.

Lembre-se: Que o melhor da vida é sua história.

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