sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Compa de Ativos - Capítulo Final

Embora o título do assunto de hoje conste como capitulo final, na verdade a matéria ensejaria muitos outros comentários específicos envolvendo estratégias para compra de ativos. No que concerne o mercado de ações, acredito que pude transmitir os passos que envolvem uma decisão de investimentos nesta área, hoje robusta de entraves e descompassos que envolvem o mundo econômico. É uma situação ímpar a que vivemos na área econômico-financeira em todo o mundo, mas seriam necessários tantos outros capítulos para detalhar os problemas que cada setor vem enfrentando e as oportunidades que fatalmente vão surgir.
Seria muito mais eficaz e produtivo que os leitores interagissem com esta coluna no caso de uma elucidação mais especifica a respeito de dúvidas e aconselhamentos sobre a matéria. Saibam que há um pote de ouro no fim desta crise e, portanto, fiquem atentos às mudanças de expectativas que fatalmente ocorrerão em função das providencias que os governos do primeiro mundo deverão tomar. Tais medidas sempre serão, daqui para frente, de caráter positivo para a economia do mundo capitalista já que a intenção de “consertar” os problemas é de ordem geral. Não quer dizer, contudo, que as providências tomadas proporcionarão um resultado imediato já que a economia não responde de forma imediata.
Atualizando os leitores, ontem o Copom baixou as taxas de juros de 13,75% para 12,75%, com queda de 1 ponto percentual. Dado o conservadorismo que norteia os diretores do Banco Central e a nota divulgada desta reunião dá para entender que mais queda vem por ai. Estima-se que no fim do ano esta taxa poderá estar ao redor de 11% ao ano. Se realmente isso acontecer, e, considerando a inflação projetada de 4,5% para 2009, teremos uma taxa real de juros ao redor de 6%. Ainda é a maior taxa de juros reais do mundo, mas se olharmos para trás verifica-se que em 2005 era de 12%. É um avanço, mas muito longe da realidade do mundo. Se tivéssemos numa situação de normalidade econômica no mundo, mesmo com taxa real de 6% ao ano (estamos disputando esta “liderança” com a Turquia) ainda assim haveria mais investimentos no país, dado o retorno médio de 14% das empresas privadas nacionais.
Enfim, leitores, a coluna está à disposição para eventuais discussões sobre o tema que vem sendo desenvolvido aqui na rádio CWB. Lógico que dúvidas desse lado de cá existem aos montes e nem sou dono da verdade, mas porque não discutir e procurar as saídas que pudessem proporcionar um bom investimento.

Texto de Sérgio Hidalgo

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