sábado, 25 de agosto de 2012

Félix começou na Rua Javari.

Tinha conhecimento que o ex-goleiro Félix andava doente, mas, não poderia imaginar o tamanha da gravidade. Quando da Copa do Mundo/2006, na Alemanha, convidado se fez presente nas homenagens a campeões, já demonstrava estar com problemas físicos se movimentando através de uma cadeira de rodas. Ontem, infelizmente, a notícia do seu falecimento. Como morei por muitos anos no mesmo bairro de São Paulo, Móoca, sabia desde garoto que sua carreira iniciara, como a minha, no Juventus da Rua Javari. Claro mais velho, ele que esteve no time Grená pelos idos de 1955 a 1958, indo depois para a Portuguesa de Desportos dividir a meta com Cabeção e Orlando Gato Preto, outros dois excelentes goleiros. Nesse período, lembro-me bem, já envergando a camisa 5 do time profissional, em 64/65, participei de alguns jogos onde tive a oportunidade de constatar sua postura embaixo da meta. Mas, em 1968, se mandando para o Rio, contratado para jogar no Fluminense, de Telé Santana, é que Félix conquistou vários títulos que lhe proporcionaram chegar à Seleção Brasileira. Novamente o encontrei, isso em 1972, numa partida no Estádio Belfot Duarte, em que o Coritiba ganhou o jogo por 3×0, numa noite inspirada do atacante Zé Roberto.

Seu grande momento foi a conquista do Mundial de 70, no México, fazendo parte de um time fabuloso. Sempre contestado, por acharem muito franzino, aliás, apelidado de “Papel”, foi sempre gigante a responder críticas que sofria e que sofreu por todos esses anos. Terminou sua carreira em 1975, no mesmo Fluzão, andando depois a ensaiar uma condição de técnico de futebol, sem muito brilho, até voltar a pauliceia para morar no bairro do Tatuapé. Como não se ganhava dinheiro a rodo, hoje seria um milionário, Félix, nesses últimos tempos estava aguardando pela ajuda de custos do Governo Federal, cuja determinação veio por lei aos jogadores campeões mundiais de 58, 62 e 70, sendo seu início para 2013. Liderado pelo Capitão do Tri, Carlos Alberto Torres, que foi a fundo neste projeto, vê com tristeza que Félix não conseguiu chegar a obter melhoras em sua condição financeira.

É importante, também, dizer que o tratamento que Félix vinha realizando, teve a necessária participação do Presidente da FAAP, o ex- jogador Piazza, sensibilizado pelo problema do colega. Sentindo muito que não tive oportunidade de vê-lo neste período, pois havia combinado através de um seu telefonema dizendo que gostaria de almoçar comigo e o Lelo, outro parceiro da bola, a escolher qualquer dos restaurantes do nosso querido bairro, a Móoca dos italianos. Vá com Deus, Felix, saiba que você cumpriu com dignidade a construção de sua família e trajetória no futebol.

Chegou o dia do clássico tão esperado pelos paranistas e atleticanos. Portanto, hoje logo mais a tarde em Vila Capanema, o tira-teima de qual time da capital somará os pontos necessários para virar o turno e encostar no G4 dos classificados. Como de forma absurda os times do Vitória e Cricíuma estão adiantados na tabela de classificação, restando a meu ver duas vagas para o acesso à 1ª Divisao do Brasileirão, todo cuidado será pouco. Não deixo por menos as responsabilidades maiores nos ombros dos técnicos, Ricardinho e Drubski, em suas escalações e táticas.

Mesmo vencendo neste meio de semana, mas não levando a Sulamericana, lá vai o time do Coritiba enfrentar outra parada indigesta, o time do Figueirense que andou trocando vários técnicos, e mesmo assim, não conseguindo sair da rabeira. Falar em nervosismo a flor da pele da torcida do Figueira é mínimo. Portanto, dá-lhe Verdão, para se recuperar dos pontos perdidos e viver melhor a etapa complementar deste Brasileirão/2012.

Seja Feliz.

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