Para quem não se deu conta, a onda de contratações por este mundo afora está se escasseando. As famosas janelas de Janeiro e Agosto, não são mais comentadas, quando a ordem agora são os clubes irem as compras e empréstimos no mercado nacional. Aquele sonho de se mandar para jogar em outro país, fica mais para quem pega uma chuteira, com passe na mão e tentar a sorte como acontecia, antigamente. Nada era fácil, a não ser jogador consagrado no Brasil, com título mundial, principalmente nas costas, como Mazzola, Dino Sani, Evaristo de Macedo, Orlando, Vavá, Peçanha, Didi, etc. Mas não eram todos até porque não haviam empresários onde a satisfação maior era jogar no país campeão do mundo. Ficar no clube em que iniciava a carreira sempre foi o maior orgulho do atleta do passado. Não se tinha dinheiro mas tinha-se o prazer. Ainda garoto em formação sonhava jogar um dia no Estádio do Pacaembú. Pensar isso hoje é gozação. Cada tempo no seu tempo. Entendo, claro. Em 1963, já profissional pelo Juventus de São Paulo, apareceu do nada uma pessoa de nome Luís Campos, fazendo uma proposta para que fosse jogar em Portugal. Tremi na base. Pensei, o que vou fazer lá? Sem nenhuma cultura geográfica e histórica, longe da família, e ainda surgindo no país encantado do futebol, contei com a sorte também do clube não querer perder uma revelação em exposição no Brasil. O sonho era doméstico. Imaginava jogar no Santos, São Paulo e Corinthians. E quando vinha proposta não havia acordo. Quando vi e ouvi a entrevista do Adriano, o Imperador, dizendo-se saudoso dos familiares e amigos, com a sensação de volta ao passado, fiquei no imaginário se tivesse ido embora na época. Confesso teria perdido muita coisa importante na minha vida. Gente, aquele que para para pensar, dá nisso, pois, a folhinha do dia a dia vai rompendo assim como nossa existência.
Certo ou errado?
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