domingo, 9 de agosto de 2009

Dia dos Pais.

Antes de chegar por aqui, em nossa querida Curitiba, tive também grandes momentos como jogador de futebol em uma das principais cidades do interior de São Paulo. Falo de Piracicaba, a Noiva da Colina. Contratado na época (1966) por uma quantia, diria exorbitante que só mesmo um grande empresário, como o Comendador Humberto Dábronzo, dono da famosa Indústria de Bebidas Tatuzinho (aquela da propaganda que dizia: abre a garrafa e me dá um pouquinho). Digo isso por que nem o Corinthians, como o Santos tiveram este dinheiro, e com isso fui jogar num time que havia caído para a 2ª divisão de São Paulo, o XV de Novembro, famoso Nhô Quim. Com o dinheiro jorrando, foi-se montando uma seleção de jogadores do interior, fazendo com que muita gente boa tivesse o interesse de jogar por lá. A imprensa paulistana que havia feito uma crítica a mim por ter saido da capital , achando que deveria esperar que fatalmente estaria jogando num grande clube, mal poderia esperar pela proposta de reerguimento de um povo esportivo, amante do futebol, na busca do seu retorno a divisão maior de São Paulo. Quase por 4 anos estive nesta cidade, que além de ter subido a 1ª divisão, em 1967, fez em outras temporadas performances maravilhosas, pois, sempre teve excelentes elencos contando com bons jogadores. Foi lá que consegui por duas vezes a taça dos Invictos, promoção de A Gazeta Esportiva, com o time invicto chegando as marcas de 26 e 27 partidas; aprendido a conviver com o povo interiorano; ser "paparicado" como o melhor camisa 5 do clube, consagração que levo até hoje, dito pelo saudoso Chicão, lembram-se dele do São Paulo e Seleção Brasileira; de ser ouvido pelo consagrado De Sordi, lateral campeão do Mundo, para contratar Joaquinzinho, um craque do meio campo ; de ter jogado com um dos melhores goleiros, Claudinei, que por 6 anos estivemos juntos. Aliás lembro-me bem que o time do XV estava voando ganhando de todos, em que a até havia um presente de uma consagrada loja de departamentos na cidade, do time que viesse a fzer um gol em Claudinei. Depois de muito tempo, o que seria natural acontecer, foi na cidade de Jaú com um atacante de nome Zezito. A gozação foi tanta que se fosse o Pelé tudo bem, mas Zezito foi "a consagração" da brincadeira. Outra passagem foi quando estive em Lins, para uma partida de avaliação onde jogavam no Linense, promessas da época , Piau e Leivinha. Veio o Piaú que se consagrou na ponta esquerdo do XV de Novembro indo depois para o São Paulo. Acho que baixou em mim hoje uma saudade desse tempo, penso até que seja pela lembrança do meu pai, que não perdia uma partida se quer. Coisas da vida.
Quem não conta dinheiro, conta história.

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