A condição de continuidade de René Simões e Homero Halila no comando do futebol do Coritiba F.C. era uma questão de prazo de validade. Com muitos erros retratados constantemente aqui nessa coluna, teve seu limite no último domingo após o desastre de mais uma derrota em pleno Couto Pereira. Claro, com a intervenção de uma torcida que andava apática e sentindo uma imensa fragilidade, entrou em cena, como deveria, fazendo sua exigência. Como providências deveriam ser tomadas com o exíguo tempo estando às portas do returno do Brasileirão/2009 e com pouco tempo para respirar, a atual diretoria foi para cima do Dr. João Carlos Vialle fazendo-lhe um convite de retorno ao clube contando com sua experiência no futebol para "tentar" tirar a equipe deste sufoco infernal. Sem querer, querendo, fico a não entender muitas coisas no ambito alviverde com as decisões tomadas nos dando a impressão que não exista um propósito direcionado. Vocês devem se lembrar da última eleição que a atual diretoria ao vencer dizia que faria uma administração com Dignidade e Respeito, fazendo alusão ao ex-comando que tinha como adversário ele mesmo, Vialle, como opositor a campanha de presidência. Fosse inteligente naquele momento, depois da emoção vivida na campanha pelo poder e, viesse um convite dos vencedores ao Vialle para o futebol, estaria com toda certeza aplaudindo tal atitude. Não foi o que aconteceu. Pelo contrário. A idéia era tentar desfazer todo e qualquer tipo de projeção daquele trabalho vencedor de retorno a 1ª divisão onde estava incluído o Dr.Vialle chegando ao absurdo de sacarem da parede a fotografia que estava no corredor da sede dos campeões da 2ª divisão. Tenham certeza que conto a verdade dos fatos. Agora ficamos a pensar na resposta afirmativa do Vialle e do porque de ter aceito as condições de apoio neste momento difícil. Será pelo amor incondicional ao clube ou estar projetando a cadeira de presidente. Não saberia dizer de momento já que a próxima eleição será definida pelo atual conselho Delibertativo e sendo assim qualquer que seja sua performance de resultados esportivos, Vialle estará fora desta conjuntura.
Enquanto me preparava para esta parte final neste romance curitibano, me liga o reporter Angelo Binder, da Gazeta do Povo, querendo saber minha opinião sôbre as vindas de Ney Franco e João Carlos. Comecei dizendo que ninguém faz milagre sem a qualidade de elenco, mas pela calma do mineiro e o conhecimento clubístico do Vialle, a premissa é que melhore desde que libere alguns jogadores sem nenhuma utilidade no elenco e que se traga bons jogadores. Agora, no fundo no fundo, torcerei pelo sucesso do Vialle, inclusive, quero espantar uma coisa que veio na minha cabeça, considerá-lo um " tapa buraco" quando na verdade deveria ter sido o vencedor como presidente.
Coisas do futebol.
Certo ou errado?
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