
Uma particularidade que sempre tive, desde garoto, foi sonhar que um dia poderia conhecer a "Cidade Luz", a bonita e escultural Paris com seus dotes culturais e beleza estonteante como a Torre
Eiffel, numa época em que só os mais abastados tinham o privilégio de viajar. Eram os aristocratas da
paulicéia, e não via outro caminho a não ser acompanhar por rádio ou jornal as notícias oriundas pela
UPI e
United Press. Outra coisa que preenchia era ouvir as transmissões
esportivas quando a
Seleção Brasileira de Futebol, excursionava jogando várias partidas pela Europa, onde a imaginação me tocava ouvindo pelas ondas do rádio os
profissionais destacados para essas coberturas, falando com entusiasmo e colocando a par o lado histórico e geográfico por onde passavam. E o dia chegou. Devo isso ao
Coritiba F.C. quando como atleta em 1972 viajava pela 1ª vez a outros continentes onde o clube participaria de torneios e amistosos. A viagem foi um sucesso por seus resultados originando-se daí a famosa Fita Azul pela invencibilidade do clube. E qual foi a parada inicial desta excursão?
Coincidentemente foi Paris. Sentia
ali meus sonhos serem realizados. Desci no Aeroporto de
Orly (mais central) pois ainda não existia o Charles De
Gaule, e junto com alguns dos meus companheiros, após recepção no Hotel
Atenais, na
Rue de
Caumartin, saímos querendo agarrar a cidade pelas mãos. Qual o destino ? Ver de perto a
Tour Eiffel. A pé , indo pela Boulevard de Madeleine, passando pela
Place de Concórdia, subindo a famosa
Champs Eliseé, vendo
crescer a nossa frente o Arco do Triunfo, outra grande referência da cidade, mais a cada passo não só acelerava o coração como a ansiedade em ver de perto aquele que era o meu sonho de criança, ou seja, a
Tour Eiffel que foi criada em uma Feira Mundial de 1889, numa verdadeira revolução
arquitetônica, fazendo um contraste com os tradicionais edifícios parisienses de pedra e pouca altura e que fora considerado uma obra inútil por suas figuras de relevo na sociedade. Lembro que ao meu lado estavam Dr.
Cabrini, Hermes, Zé Roberto,
Luís Afonso e Milton
Vendramini. Na verdade conhecer o símbolo de Paris foi uma realização. Depois, ao longo dos anos, já pelo trabalho de comunicação, fui várias vezes para lá como quando da cobertura da Copa do Mundo de 1998, quando fiquei
exatos 53 dias circulando por esta cidade maravilhosa.
Quem não conta dinheiro, conta história.
Nenhum comentário:
Postar um comentário