segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Por conta do Michael Caine.

A Seleção Brasileira de Futebol buscava conquistar novamente, a hegemônia do futebol mundial e, para isto, voltava a ter no começo de 1986, o comando do excelente técnico Telé Santana, a pedido de uma enquete do povo brasileiro. Será mais ou menos o que acontecerá nos próximos dias, com o retorno do Luxemburgo, nos mesmos moldes, afinal o Parreira quando iniciou seu trabalho em 1983, não conseguiu, assim como o Dunga, dar a devida tranquilidade à classificação para outro Mundial. Cumprindo vasta exigência de amistosos internacionais, e dar uma avaliação definitiva ao técnico que chegava para o Mundial no México/86 , estava com alguns companheiros em Frankfurt e Budapest onde a equipe brasileira perdeu os dois jogos. Como o mês de Março na Europa a temperatura é bem baixa, imagine atuar com 5 a 6 graus abaixo de zero, foi na verdade um desastre. Mas o que mais gostaria de dizer desta aventura esportiva, foi conhecer , principalmente, a cidade de Budapest,e o seu povo, afinal vivia-se na época o regime comunista no leste europeu. Mesmo assim, notava-se a diferença nos húngaros, muito mais alegres, despreendidos, brincavam de comunismo, com bons restaurantes para se comer o mais famoso prato, o goulash e com orquestras à base de violinos. Foi numa noite dessas, que barrados no baile, pois, não deixavam entrar sem a gravata e, na a base de muita conversa "a lá italiano" , convencemos o porteiro que éramos da imprensa brasileira. Mas a grande surpresa estava por vir, quando notamos uma mesa farta de massas preparadas e vinhos da melhor casta, com dezenas de pessoas, e bem no centro estava o ator Michael Caine, com outros artistas, que estavam filmando nas redondezas, uma produção ítalo/francêsa. Nem pecisavamos saber do enredo, afinal , com Caine no filme, a espionagem estava solta. Como estávamos "fardados" com o jaleco de imprensa, êles se voltaram à nossa mesa e nos convidaram para uma saudação espontanêa, ao som dos violinos, vinho húngaro, considerado um dos melhores do mundo e spaguetti para todos.
Como sempre digo, viajar é adquirir um conhecimento vasto.

Quem não conta dinheiro, conta história.

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