domingo, 28 de dezembro de 2008

A melhor tática foi da Holanda.

Terminada a Copa do Mundo de 1974, jogada na Alemanha, o país que mais encantou no jogo coletivo foi o da Seleção da Holanda. Comandado por Rinus Mitchel, tendo jogadores de bom nível técnico e de inteligência, a consagrada seleção de cor alaranjada revolucionou plano tático se utilizando de um projeto de basquetebol, onde todos praticamente atacavam e defendiam ao mesmo tempo. Mais o que mais chamava atenção era o momento de um adversário quando tinha o domínio da bola, se surpreendia com a chegada de três a quatro atletas holandeses, dificultando todo seu trabalho de iniciação de jogada. Quando da passagem do brilhante jogador uruguaio pelo Coritiba F.C., Pedro Rocha, em algumas oportunidades conversamos sobre esquemas táticos e suas diferenças, classificado por ele, que na partida que jogou contra o time de Rinus, não conseguiu de forma alguma desenvolver seu futebol, pela maneira totalmente diferente de atuar de um time adversário, dizendo inclusive, que ficara em torno de 30 minutos sem pegar na bola. Muito bem. Passado a Copa da Alemanha, ainda como atleta do Verdão, procurei assimilar algumas vantagens a respeito desta tática fenomenal e que pegou a todos de surpresa, principalmente, Zagallo, técnico da Seleção Brasileira que perdeu para esta mesma Holanda por 2x0 em Dortmund. A conclusão é que seria impossível, afinal o clima de disputa de uma Copa do Mundo sendo no máximo de 7 jogos, sem deslocamentos, proporcionaria um descanso na prática deste esquema, preparado somente para esses jogos. No Brasil praticar esse futebol, com o continente que temos, somados a muitas viagens e com os desgastes inerentes no transporte, temperatura de cada lugar, o esquema passaria a ser suicida. O único time que adotou alguns posicionamentos, defensivo e ofensivo, foi o do Internacional com o técnico Rubens Minelli. Se perguntarmos aos experientes estudiosos da matéria, com certeza terão os mesmos argumentos, ainda mais que esta mesma Seleção Holandesa, foi vice na Alemanha como também, na Argentina em 1978. Agora que seria merecido um título, não há menor dúvida, pois, continuo acreditando que Rinus e seu grupo de atletas deixaram alguma coisa bonita de ser vista no futebol.
Certo ou errado?

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