sábado, 20 de dezembro de 2008

Mestre Brandão.

Quando estava por terminar sua gloriosa carreira de técnico, falo de Oswaldo Brandão, já sem muita pretensão e cansado de tanto falar com jogadores, dirigentes, imprensa e de treinar time de futebol, passou a querer comandar tudo, inclusive, pintar vestiários, cuidar da grama, alimentação dos atletas, enfim passou a fazer tudo. Foi uma época que não se tinha departamentos adequados e, principalmente, a qualidade do uniforme, a bola, a medicina esportiva, enfim, mesmo assim foi um vitorioso. Lembram-se do título paulista do Corinthians em 1977, depois de 23 anos na fila e o que falar da excelente equipe do Palmeiras de 72, 73. Quando estava como técnico da Seleção Brasileira de Futebol, aliás poucos falam, ganhou o título do Bi-Centenário nos Estados Unidos em 1976, onde tive a oportunidade nessa excursão de ter longas conversas, já citando os nomes de Falcão, Zico, Dinamite, como astros à frente no futebol brasileiro no que foi constatado. Lançou no futebol vários grandes jogadores. Seu carinho com jogadores era imenso, como da mesma forma era exigente. Na verdade nunca foi considerado um grande estrategista, mas tinha um poder de aglutinação incrível. Em 1973, no então Belfort Duarte, o Palmeiras com sua máquina comandada pelo maestro Ademir da Guia veio jogar contra o Coritiba F.C., que vivia um esplendor coletivo espetacular e como respeitava e muito o técnico Tim, ao término do jogo em 0x0, ainda no gramado vindo em minha direção argumentei que ele com aquele baita time jogara na retranca. Aí respondeu: Queria moleza! Não deixei o Eurico e Zeca descerem, fechei com Dudu, Luís Pereira, Nelson Coruja e Da Guia, deixando a frente Leivinha e César Maluco, ou você queria espaço para meterem a bola para o Abatiá. Fala para o "velho" que hoje não funcionou a arataca. Papo gostoso de um tempo de grandes jogadores. O meu texto termina com essa lembrança e que tem tudo a ver com o Émerson Leão, acredito verdadeira cópia do ex-técnico Brandão, na última entrevista que deu no programa Arena da Sportv.
Quem não conta dinheiro, conta história.

Um comentário:

Anônimo disse...

Boa Tarde Capitão.
Eu acreditava muito num ditado que dizia : Enquanto mais conheço o ser humano mais admiro os animais mas depois de um certo tempo de convivencia com nosso IDOLO Capitão Hidalgo hoje eu digo "Enquanto mais conheço o CAPITÃO mais tenho a aprender com esse verdadeiro arquivo de conhecimentos e historias" Continuo admirando os animais mas tenho dó de quem nao tem e nao teve o prazer de conviver com esse IDOLO COXA BRANCA"
Esse tem uma PAPO que não cansa e deixa o tempo ficar curto.

Capitão,obrigado pela oportunidade que nos deu para lhe conhecer.

Albano