O milésimo do Pelé.

Intensamente, mais com muita justiça, o dia de ontem foi para reverenciar o milésimo gol do maior jogador de todos os tempos, o consagrado Rei Pelé. Como tudo é fruto de uma época, para minha alegria, tive a oportunidade de conviver com êste momento, pois, encontrava-me dentro do Santos F.C., no período de Maio a Dezembro de 1969. Como o gol saiu no dia 19 de Novembro deste mesmo ano, posso assegurar-lhes que treinando diariamente no gramado de Vila Belmiro, ao lado daquele elenco fabuloso do Peixe, o assunto foi tão intenso pelos meios de comunicações, que o próprio Pelé andava preocupado em chegar a esta marca. Engraçado que o Rei fazia gol até dormindo (brincadeira), mas teve um momento que as coisas não estavam andando bem e sua precipitação era tão grande que o elenco nos treinos, quando êle participava, jogava duro também não deixando fazer gol. Por andava a conversa era a mesma " E o milésimo, Pelé?" Neste mesmo tempo, uma parte do elenco santista colaborava com o Selecionado Brasileiro de Futebol que disputava jogos à busca da classificação dentro das Eliminatórias da Copa do México/70, onde definitivamente consagrou o Rei com mais um título mundial. Antes de tudo isso, é de se lembrar do gol chorado contra a Seleção do Paraguai. Assim como aconteceu com o Romário, os últimos dez gols foram muito difíceis. Aqui mesmo, em Curitiba, um deles saiu num jogo contra o Verdão um cima da dura marcação do bom italiano Nico. Pois bem. Como deveria acontecer, o dia chegou. A delegação santista partiu para o Rio de Janeiro, ficando concentrada no Hotel Novo Mundo para enfrentar o bom time do Vasco da Gama. E aí todos sabem da história pela ampla divulgação dada a este episódio. Colocaria também que o Pelé quando chegou a esse milésimo gol êle tinha sòmente 29 anos. Daí até o final de sua carreira, coincidentemente, estava eu, em New Jersey, em sua despedida jogando com a camisa do time americano do Cosmos frente ao seu time de coração o Santos F.C.