Nunca imaginei passar um Natal fora do país, não que seja contra, mas acho que existem muitos momentos ao longo do ano para se dar uma volta pelos 4 cantos do mundo. Não é com esse pensamento que vou querer mudar o rumo da vida das pessoas onde entendo que seja este o momento mágico da confraternização, sendo que, em nenhum lugar vamos encontrar tantas pessoas da convivência amistosa. Baseado neste preâmbulo, vem a mim a lembrança do sufoco que passei ao lado do radialista e jornalista, Carneiro Neto, quando da volta de uma cobertura em Tóquio/Japão, quando entendemos dar uma parada, em meio ao caminho até a chegada em Los Angeles, na maravilhosa cidade de Honolulu/Hawaí. Até aí tudo legal. Como o trabalho estava realizado na transmissão que realizamos em 1983, pela então Rádio Clube Paranaense, quando da maior conquista do time gaúcho Grêmio Portoalegrense, deparamos com um problema em nosso retorno ao Brasil, quando a empresa áerea Aerolineas Argentinas, não confirmava nosso embarque pelo motivo de que estava totalmente lotado este vôo e além do mais com nossas passagens permutadas. Na verdade ficamos retidos por uns 3 dias em Los Angeles, indo diáriamente ao Aeroporto para ver se nossas considerações tinham sido resolvidas. Como o dia de Natal estava chegando e sentindo o desespero do Carneiro Neto que de tanto nervosismo teve um desarranjo intestinal, fiz uma ligação telefônica para a cidade de Madrid, ao Sr. Diretor Rafael Arribalzaga, figura das mais distintas que conheci quando do seu tempo de dirigente no Brasil, para que pudesse dentro da sua amabilidade resolver esta situação. Incontinente, pediu que fôsse ao Aeroporto, que estudaria a melhor forma de retorno, no que agradeci prontamente. Qual não foi minha surprêsa, ao chegar a oficina de trabalho da Aerolineas Argentinas, uma funcionária estava nos aguardando com os 2 bilhetes à minha disposição, mas voando pela Pan America. Nas verdade êle mandou comprar as passagens do seu bolso quando verificou que não havia jeito de sair de Los Angeles até a data de 2 de Janeiro do ano seguinte. Esta gratidão jamais esquecida foi comemorada em uma noite degustando uma paella ,anos após na Espanha. Pelo sufoco, obrigado sempre Arribalzaga.
Quem não conta dinheiro, conta história.
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