quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

João Havelange parte II.

Como jogador de futebol tive o prazer de conhecer Havelange num dos vestiários do Estádio do Maracanã. Isso foi em 1964, quando participei da Seleção Paulista num jogo frente aos cariocas, oportunidade que outro brilhante dirigente do futebol, João Mendonça Falcão, me chamou a um canto para que eu lhe fosse apresentado, tendo ao lado também, o técnico Aymoré Moreira. Imaginem, estar numa roda com um trio de ouro que comandava o futebol brasileiro. Veio o Mundial no Chile e sem nenhuma surpresa estava lá a marca do Selecionado Brasileiro, mesmo sem contar com Pelé contundido, mas tendo um Garrincha inspirado para levantar um novo caneco. O nome do Brasil seguia firme pelos 4 cantos do mundo, e mesmo que politicamente tenha sido prejudicado na Copa da Inglaterra, com a intervenção do até então Stanley Ross pela Fifa, foi Havelange que galgando sucesso com sua autoridade e mão firme comandando uma equipe de grandes dirigentes chegava ao México em 1970, contando com uma das melhores equipes formadas no futebol brasileiro na conquista do Tri-Campeonato. Neste período até 1974, viu o caminho de Zurich ficar menor, conhecendo as entranhas e a política que regia na entidade maior. De forma "maquiavélica" no bom sentido, iniciou um traçado de conquista no campo da votação em territórios que não existiam as mínimas condições da prática do futebol, utilizando-se de equipes brasileiras em excursões pelo mundo afora. Foi m 1972, na comentada conquista do Coritiba com sua Fita Azul, em giro europeu e africano, conheci o maior empresário do futebol internacional, Elias Zaccour, que contando com a mão forte do João, realizava vários torneios angariando simpatias políticas. Para dizer que não estou errado, o Verdão Coxa jogou na Argélia, Marrocos e Turquia, claro, fazendo parte geográfica dos tentáculos de obsessão na conquista do poder à Fifa, como encontrei também as delegações do Corinthians, Portuguesa e Palmeiras.

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