Como jogador teve pouco destaque, era mais um defensor estilo da "roça", um quarto zagueiro forte e viril e, por isto, nunca valorizado por técnica refinada. No início de carreira passou por aqui uns 15 dias, não mais do que isso, como técnico do Coritiba F.C. Depois de uma derrota frente ao Juventude, da sua querida cidade de Caxias do Sul, aproveitou o mesmo ônibus da delegação e retornou à terra. São aquelas dificuldades inerentes no processo de conhecimento de outra etapa dentro do futebol. Mas foi com o Cricíuma, terra do carvão, que surgiram suas primeiras vitórias e dentro delas, a Copa do Brasil. Valorizado, acabou sendo contratado pelo Grêmio Porto Alegrense, ganhando também vários títulos. Nesta altura seu nome já estava sendo valorizado pelos desportistas e a imprensa brasileira, chegando com isso a S.E. Palmeiras, onde aumentou sua prova de competência. Na noite do título da Libertadores de América, no Parque Antártica, em São Paulo, acompanhei sua alegria de campeão, ganhando nos penaltis frente a um time colombiano, mostrando sua cara, correndo por todos os cantos do gramado, chorando como uma criança. Scolari começou partindo daí ter a reação natural de torcedores no Brasil, com sua simpatia, sua naturalidade e de um coração muito sensível. Foi daí que a pesquisa futebolística exigiu sua convocação ao escrete canarinho do Brasil. Mesmo nas dificuldades iniciais, sendo a principal, a não convocação do Romário, Felipão depois de uma campanha irregular nas Eliminatórias da Copa do Mundo, chegava a Coréia e Japão, sem que todos acreditassem no título. Ele veio e a consagração chegava junto. Com esse sucesso viajou com entusiasmo para Portugal, onde neste momento é a figura maior do contexto esportivo português, conseguindo "quebrar o gelo" perante esta comunidade, com seu jeito dócil, exigente e de sentimento, que é a própria característica do povo luso. Boa sorte nesta Euro Copa, Felipão.
Certo ou errado?
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