sábado, 7 de junho de 2008

Enrascada.

Não faz muito tempo escrevi a respeito do Dunga, atual técnico da Seleção Brasileira. Se tivesse um comportamento mais adequado com a imprensa, acredito que poderia estar levando alguma vantagem no quesito simpatia. Ninguém está por estar perdendo tempo em criar polêmica por um mal resultado, pois, afinal um simples amistoso para pagar compromissos estabelecidos pela Confederação, não vai determinar perda de emprego, ficando para a imprensa o alarde negativo. Acontece que o caminho é tortuoso. Em 1977, o técnico era o Brandão, com mais força dos paulistas do que carioca, cuja rivalidade era imensa dentro da imprensa, mesmo com a conquista do Bi-Centenário dos Estados Unidos, caiu numa partida contra a Colombia. Com um resultado de empate em Bogotá não aguentou pesadas críticas dos comunicadores esportivos do Rio. A exigência foi feita com a convocação de Cláudio Coutinho que além do noviciado como técnico teve a contrariedade de outra grande parte da mídia. A situação se acomodou com Telé Santana, Zagallo e do próprio Parreira, que participou com algumas passagens pela canarinho. Puxo pela memória, pois, acompanho a Seleção Brasileira já alguns anos. Em algumas oportunidades mais próximo ao comando e, em outras nem tanto, mas o caminho é o mesmo. Política e mais política. Saber conviver com dirigentes e a imprensa não parece ser Dunga expert. Sempre pronto a "metralhar" com respostas ásperas, sem ter amplos conhecimentos das "diretrizes" estabelecidas nos corredores, vejam os casos dos técnicos Leão e Luxemburgo, terá que promover logo um estreitamento enquanto houver tempo. Felipão teve rompantes também, só que entendeu a brincadeira e passou a conviver melhor com pessoas ao seu redor. Ser casca dura para dizer que quem manda aqui sou eu, ledo engano. Outra advertência por experiência, cuidado nas convocações para os amistosos, pois, aí está a maior enrascada.
Certo ou errado?

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