quinta-feira, 19 de junho de 2008

Tática da Parafuseta.

Qual a melhor tática de jogo? Sou do tempo que um técnico chegava a um clube de futebol e perguntava quais os jogadores que atuavam na meia cancha. Depois de alguns treinos notava-se claramente a disposição tática dessa equipe. Por quê? A frase era "diga o nome da dupla de meia cancha que direis o time que tens" . Só para lembrar algumas como Zito e Mengálvio; Dudu e Ademir da Guia; Nair e Pampolini; Dino Sani e Rivelino; Gonçalves e Bazaninho; Tião Macalé e Américo Murolo; Ney Conceição e Carlos Roberto; Zito e Didi; Falcão e Carpegiani e por aí afora. Como a disposição tática era mais ofensiva com até 2 pontas, invariavelmente, o meio do campo não era tão povoado. Montado no sistema 4-2-4 , o futebol brasileiro chegou a 2 Copas do Mundo, contando de leve com um recuo do inteligente Zagallo para em alguns momentos mudar para 4-3-3. Tivemos mais à frente um 4-4-2 , sistema esse bem equilibrado. Após o mundial de 1974, na Alemanha, os "mágicos" começaram a mudar a estratégia jogando de forma a européia. Deu no que deu. Até a chegada do Telé Santana, à Seleção Brasileira foi aquele sofrimento. Mesmo perdendo a Copa de 82, na Espanha, foi o Brasil a melhor seleção que jogou futebol sem muitas invenções onde tecnicamente tinha excelentes jogadores. Hoje os especialistas da área comentam futebol 3-6-1 . Mas que barbaridade! Falando no mestre Telé Santana, perguntei a ele, em dos bons momentos do São Paulo, porque se interessava mais com treinamentos coletivos, onde respondeu com aquela fala mansa, "com craques é só acertar a maneira de jogar, pois, é difícil trabalhar com jogadores que não sabem passar a bola. Como vou falar de tática se não sabem jogar futebol." Tá respondido , Telé.
Certo ou errado.

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