Quando aportei em Curitiba, falta pouco para 40 anos, uma das primeiras pessoas que conheci foi Borba Filho. Convidado que fui pelo brilhante técnico Filpo Nuñes, inclusive, fiz teste contra a Seleção da Hungria, notava a desenvoltura nos treinamentos de alguns garotos, como Dirceu, Levir, sob a batuta do técnico da base, Ronaldo Borba. Como fui um atleta de base sempre dei valor a aqueles com mais paciência e com amplitude exata do conhecimento teórico e prático. Após os treinos com as misturas de profissionais e amadores, vez ou outra, conversava com aquele pessoa sisuda, fechada, vamos dizer, introvertida, mas com muita desenvoltura falando, principalmente, de táticas de futebol. Mais a frente, enfrentei o Borba, ele como técnico adversário. Aluno da escola do Elba de Pádua Lima, El Peon, chegou a usar estratégias contra o mestre em uma partida realizada na Vila Capanema, como técnico do Água Verde. Em uma dessas escaladas da vida, me juntei ao Borba, iniciando minha carreira no rádio esportivo, pelas mãos do Fuad Kalil. Foi aí que diariamente pude constatar seu grau de inteligência, cultura e conhecimentos gerais. Excelente comentarista esportivo, pois, qualquer que fosse o assunto sempre tirava de letra. Para quem não sabe, Borba tem brevê de piloto. Andou pelo mundo afora, morou nos Estados Unidos, treinou algumas equipes na América do Sul, enfim, esse é um personagem diferenciado. Conto tudo isso para mostrar as gerações o quão importante é dar o devido valor, sem negar elogios a quem merece de fato e de direito. Nesta fase difícil do Atlético Paranaense foi lembrado e contratado na certeza que mostrará novamente sua competência. Sorte, Ronaldo.
Quem não conta dinheiro, conta história.
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