Como mudou o futebol. Está ficando muito distante daquilo que tempos passados proporcionava, as pessoas, a satisfação de entrar em um estádio de futebol, com um único intuito, de torcer para seu time do coração. Ganhasse quem ganhasse, os torcedores voltavam para suas casas comentando o jogo, ou o próprio resultado, esperando pela partida seguinte. Não se ouvia nada que estragasse a imagem do futebol. Desde garoto, apaixonado pelo futebol, com que satisfação ia com meu pai e irmãos, ao Pacaembú, Parque Antartica, Parque São Jorge ou mesmo o estádio do meu bairro, o Conde Rodolfo Crespi, na rua Javari. Mesmo depois em que me tornei um jogador profissional, pude conviver por alguns anos no interior paulista, a notar o mesmo fascínio dos torcedores pelo time da sua cidade. Tempos que não voltam mais.
Hoje, deparamos com notícias desagrádaveis que vem assolando o esporte mais querido do brasileiro, o futebol. Fugindo para uma realidade deplorável, o que mais se comenta são os grupos formados por torcedores, algumas facções profissionais onde identificam-se como os portadores dos clubes, criando-se com isso uma ingerência prejudicial. A situação criada por um torcedor corinthiano em Oruro/Bolívia, ao arremessar um morteiro contra uma ala de torcedores do adversário, vindo na verdade atingir um garoto de 14 anos,e que veio a falecer, foi uma triste cena.
Após esse confronto, a comissão técnica do Timão, principalmente seu técnico Tite, veio extremamente emocionado para as entrevista onde chegou as lagrimas. A notícia de ontem, vindo da Conmebol, é que o Corinthians Paulista sofrerá consequências que o prejudicarão nesta Libertadores de América. Foi decretado que o Timão não terá os portões abertos à sua torcida em seus mandos de jogos, como também, em jogos fora neste torneio, que não serão permitidos ingressos a seus torcedores. Na verdade quem está pagando esse alto preço é o próprio clube. Medidas drásticas tem que ser determinadas. Sabemos que o presidente do clube, Mário Gobbi, tentará intervir com liminares. Pode ser seu papel, não discuto, mesmo que tenha em seu elenco jogadores que entendam que o clube tem que ser eliminado deste certame.
Como título de uma das colunas anteriores onde comentei ” A decadência do futebol interiorano paranaense”, fica mais claro ainda, com mais uma notícia a respeito do time, agora o Cianorte, onde seus diretores falam em retirar a agremiação do meio esportivo. Anteriormente , ouvia do presidente do Arapongas, a mesma dificuldade de se fazer futebol no interior. Com isso, o futebol brasileiro deveria impor o retorno de torneios nacionais, como fora um Sul-Minas, a do Centro Oeste e assim por diante. Tirando o paulista, que é muito forte, acho até que os cariocas poderiam entrar nesse esteira. Contudo, ainda tem gente que se preocupa com o Atlético que não dá a mínima para o estadual paranaense.
Como o futebol está muito caro, é deixar os clubes confederados disputarem os estaduais em formatos regionais, facilitando até o custo de locomoção e hospedagem, dando aos campeões a possibilidade de participarem de uma Copa do Brasil e outras Séries brasileiras. Do que jeito que está não pode continuar. Quanto as federações, seus presidentes não reagem, com receio de perderem seus postos.
Lembrem-se - O melhor da vida é sua história.
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