Como muito tempo se passou devemos dizer o futebol paranaense entrou mesmo na era nacional, em 1967, quando contou com a presença do sempre bem lembrado Ferroviário, pois, este havia ganho o título estadual. Naquela época em que somente equipes do eixo Rio-São Paulo tinham a primazia de participarem, aconteceu um acerto entre a CBD com outras Federações Estaduais, oferecendo maiores oportunidades no encaixe de times campeões brasileiros. Foi então, a grande oportunidade para que os dirigentes do futebol aracauriano notarem quanto distante estava da realidade no contexto futebol brasileiro, afinal, não conseguiram ganhar uma partida . Contudo, é bom que se frize, que foi após esta presença decepcionante, muitas coisas melhoraram, principalmente, no próprio conceito de dirigir clubes.
Muito bem. Dando sequência ao assunto para aqueles que não tem conhecimento dessa história esportiva, foi a partir de 1968, que apareceu uma figura da sociedade curitibana, Jofre Cabral e Silva, um apaixonado atleticano que ao chegar a presidência do clube, fêz uma reviravolta mexendo com a passividade do que se pensava no futebol paranaense. A história diz que ele foi a São Paulo e por ter algumas amizades por lá, trouxe nada mais nada menos, jogadores como Belini, Djalma Santos, Nilson, Zequinha, Pardal, Zé Roberto, Milton Dias, Durval e mais alguns. A mexida foi tão grande que sacudiu a cidade e com isso trouxe mais conceito futebolístico. Nessas entrelinhas invoco um louvor permanente a este dirigente, que infelizmente veio a falecer em um estádio de futebol (Londrina) tamanho seu ardor de torcedor rubro negro.
Neste ano de 1968, quem ganhou o titulo paranaense foi o Coritiba, mas é bom registrar, que a briga foi tanta nos bastidores que precisou a interferência da Federação Paranaense (diga-se do José Milani) apoiado pela CBD, em realizar um torneio entre as 3 equipes da capital com a definição de quem levasse este triangular, teria que abrir ás portas para a formação de uma seleção , sempre com intuito de melhorar o lado técnico. Com isso disputou o Atlético, aproveitando com isso convocar às suas fileiras, jogadores como o goleiro Célio e Nilo, pelo Coritiba e do lado do Ferroviário o bom atacante Madureira. Com isso o futebol da capital melhorou significamente seu lado de adversário.
Seguindo o que regia a cartilha, foi em 1969, que o Coritiba entrava com a condição de campeão do estado, e aí sim teve a oportunidade de mostrar sua camisa para o Brasil. Vendo o crescimento da imagem atleticana , um outro personagem, Evangelino Costa Neves, apareceu pelo Alviverde com brios saindo atrás de bons jogadores para mexer com a rivalidade. Com uma participação regular, o Coritiba neste ano também contou com jogadores do Atlético sendo eles, o Nilson, Charrão e Nair. Em 1970 voltou o Atlético a ter a primazia de participar da Copa ou Taça de Prata trazendo novamente para seu elenco jogadores do Coritiba e Ferróviário, com um futebol paranaense mais conhecido.
Mas a partir de 1971, as regras do jogo foram mexidas, e aí sim, dentro de algumas a definições, somente o campeão participaria. E foi neste ano que verdadeiramente veio a consagração do futebol paranaense. O Coritiba que já contava com um excelente elenco dava mostras de uma outra realidade e com esse crescimento técnico chegou entre as 4 melhores equipes do Brasil. Daí para frente a maioria dos senhores que tem uma idade em torno de 55 anos devem se lembrar da sequênica paranaense neste território brasileiro. Fiz esse relato, afinal, está começando hoje mais um Brasileirão. Lembrar fatos nunca é demais. Portanto, a todos um bom ano esportivo.
Seja Feliz..
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