segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

A diferença existe ou não?

É indiscutível a diferença de comportamento dos gaúchos para com todo o Brasil. Desculpe minha sinceridade, até acho que muitos poderão se utilizar de outra interpretação, aliás estamos aqui para isso, nos confrontarmos democráticamente, mas o povo do Rio Grande do Sul demonstra ser o mais nacionalista brasileiro. A defesa dos seus costumes e o folclore, não esqueçamos do chimarrão, as bombachas e músicas tradicionais, um palavreado à italiana, enfim a fixação de suas crenças é o que importa.

Enquanto acompanhava na noite de ontem o ambiente festivo que acontecia na Arena Olímpico, com uma programação que beirou a uma solenidade de uma Olímipíada, na inauguração desse estádio moderníssimo, fiquei a imaginar quão forte é essa nação gaúcha, dividido no gostar das equipes do Gremio e Internacional. Enquanto o povo gremista sabedor que o estádio da Copa do Mundo tinha sido escolhido dos colorados, não se fez de rogado, antecipou sua construção criando com isso a notória rivalidade, exigindo que seus inimigos esportivos se esmerem para não ficar atrás.

Da mesma maneira vemos as iniciativas nos comandos desses clubes nas buscas de melhores formações em seus elencos. A verdade é que a dupla GRENAL já ganhou muitos títulos nacionais e internacionais, mercê de posturas administrativas, sim é verdade, mas com olhar mais preciso no gramado. Ontem, o Presidente atual, Paulo Odone, que viveu esse processo de construção dessa Arena, mesmo que perdesse na última eleição do clube paro o lendário, Fábio Koff, recebeu carinhosamente uma grande ovação, que o fez emocionar. São detalhes preciosos que os gaúchos nos contemplam ainda mais se compararmos com nosso Estado que é dividido culturalmente. Lá , nos pampas, a coisa é bem diferente.

Por aqui, não consegui ouvir um suspiro de reprovação dos gremistas por não terem sido convidados a participarcom seu belo estádio a Copa do Mundo. Foram a luta. Sem choradeira mostrando uma enorme capacidade. Imaginem na comparação o que acontece por nossas bandas, a luta dos atleticanos em construir um estádio para a Copa com muitas adversidades. Palmas para os gaúchos.

Rodeado de amigos na Boca Maldita, neste domingo, esse foi um dos assuntos comentados. Porquê desse autofagismo? Não só por isso, em outras classes, o problema é igual. A verdade é que quem faz é repudiado. Não é isso meu grande parceiro, Zig, atleticano, que por muito tempo esteve em cargos relevantes em nosso Estado. Me corrija, Zig, fiquei de certa forma surpreso e valorizado com sua leitura diária dessa coluna.

Fiquem com Deus.




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