O que mais chama atenção neste jogo de logo mais, envolvendo o Paraná Clube e o Marília, é o fato do ex-dirigente, Ocimar Bolicenho, estar do lado do time do interior de São Paulo. Nas voltas que o mundo dá, quem poderia imaginar aquela figura despreendida, lutadora e de bom exemplo às cores do seu Pinheiros e, depois com a fusão, Tricolor da Vila, estar do outro lado. Como ninguém pode questionar sua aptidão de muitos anos na defesa permanente de projetos definidos, quando presidente do clube, chegando inclusive, a conseguir títulos para a própria história, Bolicenho foi estudar a teoria da boa administração do futebol moderno, somado a isso, a prática conquistada na sua participação como dirigente de futebol. Vendo o mundo do futebol reagir por outros caminhos, fugindo do tradicional sentimento clubístico, Ocimar entendeu que deveria sair por aí, na condição de remunerado, sabedor da dificuldade de exercer um cargo remunerado em seu próprio clube pela cultura ainda existente em nosso país. Tornando-se um consultor do futebol, contratado pelo Instituto do Vanderlei Luxemburgo, de repente aparece pelas bandas de cá, com o coração partido vendo as duas equipes citadas acima em perigo. Na verdade é uma situação constrangedora. Isso me faz recordar, quando fui convidado para uma oratória no Lyons Club, setor Oeste, pelo sempre lembrado, Jorge Khouri, diretor da Acipar Lubrificantes, quando de uma determinada pergunta dizia a respeito do porque não ter tido vontade de vir a ser técnico de futebol, no que respondi de pronto, "Meus amigos, jamais poderia me imaginar ao chegar um dia, à cidade de Curitiba, para enfrentar o Verdão, como técnico adversário. Seria na verdade um desencanto.
Certo ou errado?
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