sábado, 16 de março de 2013

Jogar num bom gramado é o que basta.

Sei que o assunto já está resolvido, ninguém mexe mais, e o clássico entre o Paraná Clube e Atlético (sub-23) Paranaense, será jogado mesmo no atual péssimo gramado de Vila Capanema. O que não se entende, é que o Tricolor da Vila como mandante desse jogo, tem liberdade de escolher até o Estádio Couto Pereira, pois, num acordo de cavalheiros realizado ano passado, existem 3 datas a serem definidos, pelo fator do Coritiba, num momento necessário ter jogado algumas partidas no campo dos paranistas. Agora, insistir no erro de se jogar uma partida em campo impraticável, é mesmo declarar que nosso futebol está mesmo entregue as baratas. Desculpem, mas que falta inteligência e má vontade isso não se discute.

Falando em gramado, o número one de uma boa pratica de futebol, é ele estar bem conservado. É só perguntar aos jogadores. Recordo-me, em gramados em que mais atuei, o da Rua Javary( em São Paulo), Barão de Serra Negra (Piracicaba) e o Belfort Duarte, hoje Couto Pereira (Curitiba), o esmêro com que os funcionáros davam no tratamento era a nota especial. Adequava-se , também, quando do mal tempo, analisar no vestiário a bola que seria jogada na partida. Se mais cheia ou tirando um pouco do ar. Na verdade eram pessoas simples no tratar e sempre estavam dispostos a ouvir, como mandar cortar a grama mais baixa ou deixá-la mais alta, de acordo com a necessidade do momento. Saudades desses companheiros, afinal, não havia nem orçamento para o trato do gramado. Era só cuidar. Claro, quando chovia, eles eram os primeiros a não deixar pisar no “tapete”.

O gramado na Europa é tão levado a sério que existe uma proibição aos profissionais,principalmente, da imprensa a não pisarem na grama. Treinamentos dos clubes, sempre em gramados secundários. Não há discussão. Só abrem para jogos oficiais ou mesmo entre amistosos de seleções. O brilhante locutor esportivo, Edemar Annuseck, que o diga, quando pisamos com nossos sapatos no intuito de assistir um determinado treino do selecionado brasileiro, no gramado do glamuroso Estádio Wembley, em Londres. Foi uma bronca e um corridão. O inglês que é chato por natureza, na verdade estava certo, pois, havia uma placa bem exposta para que ninguém andasse pela grama.

Em outra oportunidade, lembro-me também, quando o hoje técnico Abel Braga, famoso “beque de espera” por sua maneira grossa de jogar, deu um carrinho no ídolo Keegan, meia do English Time, deixando uma trilha exposta no gramado. No dia seguinte, os jornais londrinos, cairam de pau no zagueiro. Aquilo era uma afronta para eles verem estragar o piso de jogo. Portanto, meus amigos, tudo isso para dizer que aqui a coisa é diferente, se o campo está ruím o bom mesmo é acabar de vez com ele. Que idiotice e falta de cultura esportiva.

O time principal do Atlético continua fazendo seus jogos-treinos contra equipes tradicionais do futebol brasileiro. Agora, será contra a equipe mesclada do Cruzeiro, jogo este marcado para a próxima 3ª feira, na Toca da Raposa em Belo Horizonte, com transmissão exclusiva da Rádio 95.7-Rádio CAP. Pode ser que nesta sequência de preparativos à Copa do Brasil, apareça outro amistoso e seria contra uma equipe do futebol uruguaio, o Danúbio.

Lembre-se : Que o melhor da vida é sua história.







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