sábado, 23 de março de 2013

O tempo passa..........

As vezes bate uma saudade danada da vida que tive como jogador de futebol. Que tempo aquêle, em que as difculdades eram muitas, a começar pela bola mais pesada, a camisa do jogo com tecido quando molhava pesava também e gramados nem todos com boas qualidades. Então diria o amigo leitor, que saudade é essa. É fácil de explicar, mesmo com todas essas contrariedades, não esquecendo, também, dos ónibus que colocavam as delegações para as intermináveis viagens ou mesmo os hotéis “meia boca”. Contudo isso ainda bate a saudade. Como joguei futebol profissional no período de 1960 a 1975, numa época de ouro, pois, foi nesse período que o futebol brasileiro conquistou 3 títulos mundiais, ao entrar em campo vendo frente a frente verdadeiros campeões mundiais, a minda felicidade de estar num mesmo evento contra Pelé, Gilmar, Belini, Mauro, Zito, Juninho, Djalma Santos, Vavá e Cia, me enchia de orgulho. Não dava nem para pensar em dinheiro, pois, bastava estar no meio dos cobras para ser valorizado.



Desculpe, mas vendo jogar o selecionado brasileiro atual, noto a diferença na maneira como se pratica o futebol. Claro, que para entrar nessa discussão, é importante e necessário ter vivido esse momento passado. Saudades de profissionais que ostentavam orgulhosamente a camisa canarinho, da importância que davam quando convocados a participarem de giros internacionais. O país parava para ouvir as transmissões de grandes locutores que se consagraram, também, com as conquistas em gramados europeus. O público desportista sabia de cor e salteado quem iria jogar. Esperar pela voz do locutor de cabine do Estádio do Maracanã, seria só informação de praxe.



Para refrescar a memória e fortalecer mais o que escrevo, com aquela grande conquista no mundial na Suécia, em 1958, o público brasileiro era só idolatria. Garrincha, o famoso ponta direita que entortou o mundo da bola, e que voltou consagrado desse evento, meses depois num amistoso contra o selecionado inglês não sendo escalado para esse jogo, entrando em seu lugar Júlio Botelho, o Maracanã veio abaixo ao saber que o Mané não iria jogar. Precisou Julinho, que andava pelo futebol italiano, jogar a partida da sua vida fazendo os dois gols nessa vitória histórica. No final saiu, também, aplaudido. Idolatria pura.



Saudades do sempre referenciado pela classe futebolística, Elba de Páuda Lima, o famoso Tim, como o maior estrategista da bola e que mesmo asssim da surpresa de nunca ter sido escalado para dirigir o selecionado nacional. Convivi bastante com o “El Peon”, na década de ouro do Coritiba (anos 70), e soube muitos contos do futebol, ele que participou em 1938 no Mundial na França. A sua conquista invicta pelo São Lourenzo de Álmagro, na Argentina, e quando de um estádio cheio a palaudi-lo em Lima no Perú, quando classificou esse país para o Mundial de 1982.



Espero voltar a viver momentos gloriosos no futebol. Estão longe os títulos conquistados de 58, 62 e 1970, e mesmo que voltasse a ganhar como em 1994 e 2002, não se pode esquecer do time do Telé Santana de 82, na Espanha, que mesmo não ganhando foi o melhor em campo. Fica neste espaço algumas lembranças, que também são conquistas deste profissional, mas colocando dúvida neste de 2014.



Lembre-se : Que o melhor da vida é sua história.







Seção: Geral
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