sexta-feira, 7 de junho de 2013

O nacionalismo no esporte brasileiro.

As declarações dos dirigentes do Flamengo em demitirem o técnico, Jorginho, ao afirmarem que o clube precisa neste momento de um profissional mais graduado, deve ter chocado o profissional que em outros tempos foi um brilhante jogador da agremiação. É assim mesmo que funciona e não é de hoje que comento essa situação. Aliás, diria mais, entendo como uma falta de respeito a personagens que viveram momentos imporantes no clube. Este caso do Jorginho me faz lembrar de outros jogadores que em seus clubes foram rejeitados. Vamos lembrar do Júnior, Zico, Andrade, Rivellino, Paulo Roberto Falcão, Fernandão e demais. Na Europa a consideração é bem maior. É só pesquisarem. Claro, que nossos atletas, profissionais ou olímpicos, poderiam ser contratados para darem exemplos de condutas e de boa visibilidade aos seus clubes. Portanto, não necessáriamente como técnicos, e sim parte efetiva das administrações em algum outro cargo.

Até hoje vemos o nome e prestígio do alemão, Franz Beckembauer, que foi um brilhante jogador do Bayern de Munchen e da Seleção da Alemanha, e que já atuou em tantas áreas esportivas do país, que só está lhe faltando a presidência da Alemanha. Outro nome que está muito destacado é do francês, Michel Platini, nome por demais respeitado e que poderá chegar ao comando da FIFA. É mole? A verdade é que a cultura esportiva brasileira, diga-se de passagem, os dirigentes que de certa forma não vêem com bons olhos por acharem a falta de uma maior qualidade nesses cargos ou mesmo a humildade de aceitá-los. Não é só na parte futebolística. A bem pouco foi demitida do seu cargo de coordenadora, a brilhante jogadora de basquetebol feminino, Hortência, que como representante da classe não teríamos melhor. O próprio Oscar, que será homenageado no Hall da Fama, nos Estados Unidos.

Dia desses, ao participar de um Simpósio Geral dos Esportes,onde o assunto consistia no aproveitamento dos grandes nomes que o esporte do país valorizou, a dúvida era o porque da não utilização desses personagens. Disse em bom tom, que o maior entrave sempre partiu do dirigente despreparado e com medo de perder o poder, pois, ficam pelos cantos canalizando críticas. No futebol indiquei um nome: Leonardo, hoje um dos grandes nomes na Europa, êle que foi jogador em alguns países, sempre demosntrando uma forte personalidade em suas atuações, como técnico e dirigente e que já algum tempo vem fazendo escola com passagens pelo Milan e o poderoso time francês,o PSG.

Como fixei o comentário de hoje nos vários exemplos acima, conto uma passagem que tive em 1978, ao acompanhar a Seleção Brasileira de Futebol, em um amistoso que servia como preparativo à equipe do técnico Claúdio Coutinho, para o Mundial na Argentina. Esse jogo foi contra a Internacional de Milão. Muito bem, e como necessário seria ir buscar a credencial para a devida partida no estádio Giuseppe Meaza. Como me faz bem lembrar essas passagens, os brilhantes homens da comunicação esportiva, Joao Saldanha, Jorge Cury e Valdir Amaral, chegaram ao meu lado na sede da Inter. Imaginem.

Para dar um pouco mais de pitaco, nesta história de negarem condições aos nossos bons atletas, me deparei com um cidadão alto, esguio, atendendo a todos com um largo sorriso de satisfação. Entendia naquele momento que a pessoa que estava a nos atender seria o Diretor Geral do Clube. E era mesmo. A minha surpresa foi quando o João Saldanha o comprimentou pelo nome; tutto bene, Sandrino Mazzzola. Aí vim a saber, que aquele jogador da Azurra e que jogou a partida final contra o Brasil, no México, estava alí à minha frente.

Portanto, meus amigos, sem querer interferir e demonstrar um corporativismo a favor daqueles que tem no sangue a visibilidade esportiva, entendo que o nosso país seria muito melhor referendado pelo sentimento agrupado de atletas. Se entendem que nem todos teriam essas condições, tudo bem, contratem bons gerenciadores, mas no comando os verdadeiros desportistas.

Lembre-se Que o melhor da vida é sua história

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