domingo, 20 de abril de 2008

Ponte Preta Centenária.

Chega a ser comovente uma equipe de interior chegar a uma final, ainda mais, em se tratando de um Estado como de São Paulo, com suas amplas diferenças, a começar pelo próprio PIB. A "Macaca Campineira" chega pela 5ª vez na chance histórica à conquista no futebol paulista. Sem querer retratar nenhuma ilusão mas, com merecimento de bela campanha, vai mostrando competência há diversos anos. Clube localizado em uma das importantes cidades do Brasil, a famosa Terra das Andorinhas, Campinas com um pólo industrial muito forte. Na verdade cresceu tanto que suas autoridades se perderam no tempo, inclusive, inchada de uma forma desproporcional nas chegadas de mineiros e paranaenses do interior. Em outras épocas chegou à ser considerada uma cidade teste para determinados lançamentos de produtos. Sem fugir muito do conteúdo e alardear este momento, é bom dizer que a rivalidade com o Guarani sempre foi uma comparação necessária. Lembro 1978 com o título nacional pelos bugrinos. Com a distância de 90 quilometros, da maior cidade da América do Sul, num contraste de concorrência desleal de Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Santos e Portuguesa, a Ponte no tempo vergou e não quebrou. Na época do "antão", o interior abastecia a capital com suas revelações como Dicá, Sérgio (atual técnico), Carlos (goleiro), Oscar e outros. A dificuldade era imensa em dirigir clube de futebol, a não ser contando com dinheiro de empresários apaixonados pelo time. Esteve na 2ª voltou para a 1ª e vice-versa. Muitos anos de vacas magras. Outro fator importante dessa luta intensa, a construção do Estádio Moisés Lucarelli, com apoio irrestrito, inclusive, na mão de obra de torcedores. Porque não colocar a Ponte Preta no exemplo de valentia, perseverança e objetivo. Se em 1977, no Morumbi, não conseguiu ganhar do Corinthians que necessitava de um título em 23 anos de atraso, é a "Macaca" hoje de soslaio, aguardando por São Paulo ou Palmeiras para outra decisão. Digno de registro, independente do resultado.
Certo ou errado?

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