quarta-feira, 23 de abril de 2008

ATLETIBA.

Quem vai ganhar? É o comentário de sempre às vesperas de mais um na história desta dupla marcante no cenário do futebol brasileiro. Alguns preferem buscar no tempo as diferenças tanto no comportamento dos jogadores como da própria sociedade. Aí está a grande questão. Vou me dirigir com uma posição já firmada e formada de conceito, por ter vivido como atleta profissional e na condição de radialista e jornalista. O clubes viviam desta expectativa onde a origem maior do dinheiro vinha deste clássico e, por outro lado, os jogadores sem nenhuma idéia de ficarem ricos com a profissão. O "barulho" do jogo começava na 2ª feira e a rivalidade era mais acentuada pela força dos sentimentos dos torcedores do MUC e ETA. Sabia-se, antecipadamente, que para disputar um campeonato brasileiro o necessário era ganhar o título do Estado. Na época a vaga vinha por este fator, sem a política para atrapalhar. Objetivo para se conquistar era no mínimo difícil, pois, desde quando aqui cheguei, era feita uma lavagem cerebral, para se ganhar ATLETIBA. Lembro-me bem que as famílias se movimentavam. Deus me livre um herdeiro mudando de cores. Era um charme participar deste evento. O Estádio Belfort Duarte (nome anterior) sempre cheio, aliás, dividia-se pela metade, sem essa de oferecer 10% da capacidade para a torcida visitante. Confesso que vejo de forma diferente, nos dias de hoje, sem a necessidade de título e as equipes classificadas de antemão, para a principal série do campeonato brasileiro na famosa cadeira cativa. Como tudo mudou nessa vida e não poderia o futebol viver, só de devaneios, partiu-se, "infelizmente", para o processo do mercantilismo. Sem estar na 1ª divisão é estar sem dinheiro, onde o importante em todas as formas, é buscar a verba na TV. Como as gerações vão chegando e a história não pode morrer, fica da minha parte a saudade dos ATLETIBAS que participei.
Quem não conta dinheiro conta história.

Um comentário:

Anônimo disse...

Bela lembrança Capitão Hidalgo.

Quem teve o przer de frequentar o Belford Duarte lembra como era oa atletibas aonde somente uma corda azul separava as torcidas e meia duzia de guardas.
Ficavam os rivais lado a lado e a cada gol somente um sorriso de lagarto do time vencedor.
Me lembro da decisão de 78 aonde eu tinha 13 anos,fui ao jogo com a camisa do COXA e no final do epetaculo sai pelo mesmo lado que a torcida atleticana feliz com o titulo,desci a rua que na epoca passava atras do colegio estadual,subi para a praça do gaucho pra pegar o onibus e tranquilamente cheguei a meu lar.
Sozinho andando pela cidade com a camisa do VERDÃO !
Será que hoje daria pra repetir a dose ?
Dificil pois a educaçao das pessoas nos atuais dias é outra !!

Albano

www.vozdocoxa.com