sábado, 5 de janeiro de 2013

Liberdade aos clubes.

Os clubes brasileiros deveriam se libertar dos dítames da CBF, principalmente na questão de terem mais liberdade, para jogarem fora do país, se mostrando mais para um mundo esportivo competitivo. Em décadas passadas, era comum qualquer equipe do nosso país sair para uma excursão e participar de eventos amistosos ou torneios. Lembram os senhores dos Torneios em Paris, New York, Ramón Carranza em Cadiz, jogos isolados em todos os países europeus. Porque levanto o assunto? Bem, hoje com um calendário cheio de jogos, alguns sem muita importância, ou tornando-se sem importânca, pois, o critério de pontos corridos afasta qualquer agremiação quando deixa a ponta e passam a jogam para cumprir tabela . Esse é um assunto. Outro é dar a chance a um time se deslocar para jogos internacionais tendo muito mais a oportunidade de mostrarem seus jogadores em uma vitrine aberta.

Partindo do pressuposto que só as equipes badaladas é que conseguem chegar a uma Libertadores de América e consequentemente a um título Mundial, com a possibilidade de emprestar jogadores à Seleção Brasileira de Futebol, é de se pensar quantas equipes no futebol nacional tem essa verdadeira condição. Poucos. Pois bem. Aí sim a CBF poderia dar a cada um dos seus filiados a oportunidade de terem, também, chances de jogarem torneios e deixarem a mostra seus bons jogadores. Em priscas eras, Bangú, Portuguesa Santista, Olaria , Bonsucesso, XV de Piracicaba, Juventus, inclusive, o Colorado da Vila Capanema, enfim, faziam viagens para o exterior mostrando suas camisas. Como participei de excursões ao exterior, e se escrevo é porque tive essa sensação de liberdade como jogador, quantas equipes poderiam ter essas chances. Acho que o próximo candidato a presidente a CBF, que adiantar essa possibilidade como fizera, João Havelange, onde inteligentemente expôs equipes pela Ásia e África para ganhar a Fifa, terá grandes chances de ganhar a preferência clubística. Diria ser uma isonomia a todos os clubes, claro, os mais competentes nos setores de Marketing e Planejamento.

Pensem bem. Como não existe igualdade financeira na distribuição da verba televisiva, onde os clubes maiores levam tudo, seria com certeza uma boa oportunidade de cada equipe buscar recursos em acordos internacionais. A satisfação era tão grande, minha gente, onde torcedores dos clubes no passado viam estampados nos jornais ou mesmo ouvindo transmissões de fora. Fazia bem ao ego. Como está difícil das equipes menores participarem deste mercado atual, que é totalmente mercantilizado, pelo menos a satisfação de se conquistar outros espaços já seria de bom alvítre, mesmo que não venham a ser utilizados por outros problemas.

Ficou evidente para o povo paranaense as grandes excursões do Coritiba em 69, 70 e 72, enfrentando as poderosas equipes do mundo, inclusive, voltando em uma delas (1972) com o título da Fita Azul por sua invencibilidade. Isso acontecido a mais de 40 anos e continua sendo comentado. Alías o Globo Esporte local, fez dias atrás, uma reportagem a respeito. Imaginem nos dias de hoje uma de nossas equipes jogar partidas contra um Benfica, Ujpest, Rapid de Viena, Valencia, Colonia ou mesmo contra Seleções de uma França, Thecoslovaquia, Romenia, etc, etc. Seria um sonho.

Espero que isso venha acontecer após a Copa do Mundo de 2014. Explico porque. Se não ganharmos, a revolução futebolística acontecerá. Aqueles que viveram a desgraça da perda do título mundial em pleno Maracanã, em1950, viu na sequência mudanças drásticas no comportamento administrativo e técnico do futebol brasileiro, e para melhor. Mas foi um tempo em que os clubes tinham mais liberdade.

Fiquem com Deus.









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