sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Os presidentes do Coritiba.

De maneira modesta posso afirmar aos senhores, que conhecendo muita coisa do Coritiba F.C, posso classificar em seu histórico político, seja esse um dos seus melhores momentos para a realização de uma eleição. Desde quando aqui cheguei, isso em Janeiro de 1970, contratado para conseguir um título almejado do clube que seria o Tri Campeonato Estadual, e que depois virou um Penta e Hexa Campeão, foi na verdade um época de grandes conquistas na gestão do sempre lembrado, Presidente Evangelino Costa Neves. A contínua presença do “Chinês” na agremiação, deu-lhe a grande oportunidade de realizar um excepcional trabalho, mesmo que em alguns momentos tivesse uma oposição ferrenha. Claro, são outros tempos em que um orçamento passava irrestritamente pela presença do torcedor na geral e arquibancada. Com isso o Evangelino sabedor que deveria sempre ter um bom time em campo, fazia o possível e impossivel para não perder seus melhores jogadores. Que época bonita aquela onde o jogador ficava mais ou menos uns 5 anos no clube.

Não tivesse o saudoso ex-presidente, Bayard Osna, delegado poderes em sua gestão à pessoas despreparadas, como a não ida do time jogar em 1989 uma partida contra o Santos em Juiz de Fora, deixou o clube penalizado por 6 anos relegado a uma situação quase de insolvência. Outra história marcante que recordo e que deve ser valorizada, foi a gestão do Giovanni Gionédis, que pegou o clube também em um momento insuportável, financeiramente dizendo, pois, ao chegar foi logo obrigado a pagar atrasos de 5 folhas de pagamentos. Em anos no comando geral do clube, ganhou titulos estaduais, levou a equipe a uma Libertadores de América, Sulamericana, construiu um excelente CT fortalecendo as categorais de base. Não se discute que em sua administração é que surgiram as maiores revelações co clube onde as negociações ao exterior fortaleceram o caixa do clube. Teve um percalço ao cair à 2ª Divisão, mais com muita obstinação levou o clube novamente em 2007 a 1ª Divisão.

De lá para cá, o clube voltou a cair para uma 2ª Divisão em 2009, nas atuações de péssimos dirigentes que dificultaram sobremaneira o andamento desta agremiação, somando um outro prejuízo no histórico time centenário. A partir de 2010 veio a recuperação do clube com a volta a elite do futebol brasileiro, incluindo-se aí os novos dirigentes, onde sobressaiu-se um personagem importante, como contei de outros acima , Vilson Ribeiro de Andrade. Grata surpresa administrativa e conhecedor profundo nos campos de planejamento e marketing, de aspecto afável expressando-se com fala mansa, foi aos poucos adquirindo confiança à aqueles que representam o maior patrimônio de uma gremiação, seus torcedores.

Portanto, contando esses pormenores chegamos ao atual momento de mais um eleição do clube, e que será na verdade uma aclamação. Difícil de se acreditar neste estágio que convivemos com o futebol brasileiro que um clube não tenha oposição e um bate chapa. Na verdade é uma prova evidente do cheque em branco que os sócios e conselheiros estão dando como crédito a sequência de um trabalho que se iniciou como promissor.

Como em 1971, quando o Evangelino aclamado pelos conselheiros, ao fazeram questão de ficarem em pé, ao lhe pedirem sua continuidade e que na verdade varou a década de 70, está acontecendo depois de 40 anos na agremiação com Vilson Ribeiro de Andrade, sendo a única chapa programada para o próximo triênio. Contudo, deverá saber Vilson, que agora a cobrança será até bem maior. Faz parte.

Até a próxima.

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