O atual Presidente do Coritiba, Jair Cirino dos Santos, dando entrevistas a respeito do término do seu mandato onde conviveu nestes últimos 4 anos misturado entre bons e maus momentos. Questionado sôbre o que poderia ter sido seu grande erro em suas gestões (2008/09 e 2010/11) respondeu que deixa para os conselheiros, a imprensa e a torcida sua resposta.
Conheci o Dr.Jair Cirino dos Santos nos corredores do Alto da Glória, quando servia o clube na condição de secretário do Conselho Deliberativo. De boa educação, com um trabalho prestimoso dentro do Ministério Público, aposentado, encontrou um tempo disponível e passou a exercer esse cargo no apoio ao então Presidente deste Orgão, o Dr.Militão da Silva. Como o clube vinha de uma queda a 2ª Divisão em 2005, começou a participar da vida do clube, também, de uma forma mais política, pois, a gestão do Presidente Giovanni Gionédis, sofria ataques permanentes da oposição e o Deliberativo passou a ser um instrumento de restrições ao comando diretivo.
Passado esses tempos de agrúrias, quando pela obstinação do grupo do Gionédis que dirigia o clube levando a agremiação novamente a 1ª Divisão em 2007, veio então uma eleição em que a oposição odienta e ferranha aos dirigentes passados, ganhava a oportunidade de dirigir o clube. Pois bem. A resposta do erro começo a dar por aqui, quando Tico Fontoura, Marcos Hauer, Francisco Araújo e demais sonhadores, entendiam ser fácil comandar um clube de futebol. Como ninguém colocou seu nome a prêmio, encontraram em, Jair Cirino, a pessoa para o cargo maior, mas, porém, contudo, com condições mínimas determinadas por um G9 que lhe atropelou e o prejudicou constantemente.
Mesmo recebendo o clube na 1ª Divisão e com isso tendo uma entrada fortalecida de dinheiro da televisão, a soma gerada pela perda foi maior onde alguns jogadores deixaram o clube, Marlos é o exemplo, a venda conturbada do zagueiro Henrique, o que dizer do imbróglio no caso do atacante argentino Ariel, os problemas com o departamento de marketing na criação de novos sócios, aceitação nas contratações de jogadores sem nenhuma estratégia. Claro, a queda era um fato eminente à uma 2ª Divisão. Para dar um final a este epísódio, não posso deixar de contar com o pior momento da sua gestão quando da revolta da torcida em 6 de Dezembro de 2009 com a Batalha do Couto Pereira, com cenas degradantes que prejudicaram em muito não só o clube como a cidade de Curitiba.
Com a imagem institucional do clube manchada, sentindo-se como um grande derrotado por ter ouvido demais, obrigou-se a ficar em outra gestão como um subordinado a novas orientações. Triste realidade. Com mais sorte, pela disposição dos atuais conselheiros e diretores teve amenizada sua dor pelo momento que está saindo da atual realidade da agremiação. Entendendo que não seria convidado a seguir no clube, antecipadamente, vem a público fazer sua justificativa.Infelizmente, Cirino será sempre lembrado como Presidente do Centenário que decepcionou. Como indicativo, aos que sonham um dia chegar a esta cadeira, peço que façam um estágio bem maior para se conhecer as entranhas de um clube de futebol.
Até a próxima.
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