quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Obrigado Curitiba pelos 41 anos.

Foi no dia 12 de janeiro de 1970 , convidado que fui pelo técnico Filpo Nuñes, que “aportei” por aqui para jogar pelo Coritiba, que tinha como meta principal ganhar um tri-campeonato estadual. É verdade, pois, a motivação do campeonato local misturava muito o sentimento da cidade com outros adversários. Lembro-me bem que o Ferroviário tinha um excelente time com Luis Carlos(Lua), Madureira, Natal, Brando, Bira, enfim bons jogadores, assim como, o Água Verde e o Atlético Paranaense com Passerino Moura na dianteira como presidente. Por falar em Atlético, o que mais se ouvia era o nome do Jofre Cabral e Silva que tinha revolucionado a bola local em 1968 trazendo nomes como Belini, Djalma Santos, Nair, Gildo e Dorval. No interior pontuavam o União Bandeirante da Família Meneghel, o Grêmio Maringá com a força dos seus políticos da casa, o Londrina de Jacy Scaff com os Vezozzos e Belinatis da vida.

Lembro que na viagem, vindo de São Paulo pela Viação Cometa, desembarcando na Rodoviária Velha da Rua João Negrão, indo em direção do Hotel Aeroporto, ficava a imaginar que destino estava sendo traçado para minha vida. Como estava dentro do Santos de Pelé, a espera da negociação com a equipe do XV de Piracicaba e que não aconteceu por intransigência do XV, de repente chegando à Curitiba, imaginem o que poderia eu estar pensando. Mas, o conforto na receptividade já demonstrava um lado positivo, quando encontrei-me com o Hermes, Werneck, Bidon, Rinaldo, todos oriundus da paulicéia. Do treino ao contrato, precisei jogar contra a equipe da Thecoslováquia, e a certeza que ficaria por 1 ano no clube, coisa que não aconteceu, pois, encerrava a carreira depois de quase 6 anos sem direito a ser negociado com qualquer outro clube pelo presidente Evangelino.

Com muito privilégio, logo conquistei a braçadeira de Capitão que carreguei com muito orgulho até parar em 1975 e não querendo jogar em lugar algum. Foram muitos títulos conseguidos neste época, tanto os estaduais como a Fita Azul na excursão invicta de 1972 e Torneio do Povo em 1973, acreditando que tenha participado em 350 jogos como profissional da agremiação. Outra outorga que recebi com muita emoção foi estar incluido na Seleção do Centenário do Clube em Outubro/2009.

Depois desta volta ao passado, vim para a comunicação esportiva onde venho participando nestes 35 anos da história do rádio,televisão e jornal da nossa cidade, sempre respeitando e defendendo as coisas do nosso território.

Com tudo isso não dá para discutir com o destino. O certo seria ficar no mais famoso time do mundo, o Santos, com seus brilhantes jogadores. Mas, foi aqui que todas as necessitudes foram cumpridas, recebendo, diariamente, um carinho enorme das pessoas . Para fechar a coluna não poderia esquecer do Título de Cidadão Honorário de Curitiba que recebi no dia 13 de Dezembro de 1995. Por tudo isso, obrigado Curitiba.

Até a proxima.

Um comentário:

Anônimo disse...

Hidalgo, parabnes pelos 41 anso de Curitiba.

Seguinte, gostaria de fazer um pedido. Eu e muitos outros torcedores lembramos quase todos os dias da equipe positiva onde seria um presente pra galera voce fazer um texto contando e registrando a história completa.

Abraço

Albano