Domingo, na cabina da Rádio 91 FM, tive enfim uma notícia que procurava algum tempo. Estava me preparando para o jogo do CoritibaxOperário, quando chegou a mim o locutor esportivo, Marcelo Ortiz, dizendo que tinha uma pessoa em São Paulo que gostaria de falar. Passei o número do celular e fiquei naquela dúvida, o que poderia ser, enfim, toca o telefone e do outro lado da linha um cidadão de Curitiba que estava em um determinado restaurante dizendo ” Capitão, tudo bem! Sim, respondi. Acho que você vai ficaR feliz de ouvir essa pessoa que está ao meu lado, pois, ficou sabendo que moro em Curitiba, foi logo perguntando se conhecia você. Sim disse a êle é claro. Você consegue localizá-lo? Portanto, fique a vontade. Começou asssim : Alô, Capita, que saudades de você. Sabe quem está falando? Confessando que não havia reconhecido, até pedindo desculpas, esperei pela confirmação. Aqui é o Bidon. Lembra-se de mim?
Como poderia esquecer dessa figura que chegou, como eu, aqui em Curitiba em Janeiro de 1970. proveniente do Guarani de Campinas, que fez muito sucesso com a camisa do Verdão em apenas um ano. Assim como êle, pois, vim de Piracicaba, cidade do interior de São Paulo, fomos contratados a pedido do técnico, Filpo Nunes, que conhecia nossas qualidades, afinal, jogavamos no futebol paulista. Como um grande observador, Filpo que havia criado a Academia no Palmeiras, resolveu a parada me fixando na cabeça de área, soltando o Bidon com o Krueger na armação, deixando a frente jogadores como Passarinho, Werneck e Rinaldo. Esse time jogou muito.
No final de 1970, o Coritiba que recebera um convite para jogar pela Europa, aproveitou para mostrar um bom futebol em 12 partidas. Foi Bidon com sua elegância na forma de jogar que mais chamou atenção do empresário Jules Durrancié. Com isso abriu-se as portas para ele que acabou indo jogar no México. Com isso nunca mais soube dêle. Nesses muitas anos, várias foram as pessoas sempre perguntando por onde andaria o Bidon sem que pudesse responde-las. Enfim, acabou o mistério. Bidon está de volta ao Brasil, depois de residir por mais de 20 anos no exterior, agora, trabalhando em uma empresa na paulicéia.
Ao final da conversa, afinal, estava para começar o jogo do Coritiba x Operário, ficou o convite para estar aqui em nossa capital o mais breve possível. Com toda certeza a velha guarda, seus grandes companheiros do passado, estará comemorando com muitas lembranças que não se apagam jamais.
Participei em várias fomações de meia cancha. Foi com Luizinho, Joaquinzinho,Rafael Chiarella,Lopes, Jair Francisco,Abib,Negreiros, Nelson Lopes. Na verdade foram extraordinários jogadores de bola. Mas, aqui em Curitiba, dito isso pelos torcedores da antiga a meia cancha mais comentada sempre foi Hidalgo e Bidon. São coisas do futebol.
Até a próxima.
Um comentário:
emocionei com essa história capitão. abraço
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