Depois da partida do Atlético e o time do Juarez Malucelli, isto na noite de quinta feira, fui jantar no Restaurante Palácio cujo local muita gente da sociedade antiga gosta de saborear os bons quitudes, como o mineiro de bota, regado ao imperdível bate papo. Estavam comigo, o Professor Cleber Hidalgo, Mauro Singer ( da Napolitana) e Rafael Zanetti ( casta da melhor qualidade atleticana, começando pelo seu pai, Valdo Zanetti). Sem desviar para qualquer outra conversa, notei Singer e Zanetti, torcedores fanáticos do rubro negro, discorrendo o atual momento da equipe e do clube com a preocupação natural do desacerto que vem acontecendo nas hostes atleticanas. Dando total razão a eles, fiquei a imaginar que no dia seguinte, ontem no caso, alguma coisa iria acontecer com as necessárias mexidas, principalmente, sacudir um elenco mal formado e dirigido.
Foi isso que aconteceu com as dispensas dos jogadores, Silvio, Wescley, Henan e o paraguaio Ivan Gonzalez. Acredito que seja só o começo, afinal, com o o inchaço de jogadores regulares, o caminhão de saída deveria ser maior. A torcida inconformada, um dos motivos é o absolutismo alviverde neste certame, se joga contra Malucelli, Bolicenho, Adur e Zimermann, com críticas e vaias por suas performances. Gostaria de lembrá-los quando disse em colunas passadas que o Presidente, Marcos Malucelli, errava ao dizer que ficava no comando até dezembro e iria para casa numa prova de que o clube estava sendo um fardo de carregar. Não tendo esse cuidado aconteceu o esperado, um movimento fora dos alambrados iniciou uma campanha de contrariedade, ou seja, abertura a uma massa de manobra.
Como nem todos notaram, acredito, em outros certames os clubes tradicionais mesmo que começassem com péssimos resultados, o regulamento permitia zerar com os famosos quadrangulares, a recuperação era total. Neste de 2011, pelo contrário, a verdade é outra e o significado é que um simples empate a distancia ao título fica bem maior. Imaginem neste clássico de amanhã, Coritiba x Paraná Clube, acontecendo a vitória alviverde, depois de já ter ganho da melhor equipe do interior paranaense, o Operário de Ponta Grossa e um tropeço atleticano em Irati, o desespero de outras torcidas será bem mais acentuado.
Essa é para o jornalista, Ayrton Baptista Júnior, que sempre me pede para contar alguma coisa do meu tempo de bola. Foi na Vila Belmiro, em1964, quando começava ganhar a titularidade no time do Juventus da Moóca, para enfrentar o temível time do Santos de Gilmar, Mauro, Torres, Zito, Coutinho, Pepe e Pelé. O meu técnico, que tinha sido um grande atacante do Flamengo, o gaúcho Silvio Pirilo, dava-me as últimas observações pedindo-me que marcasse por zona para dificultar o Rei nas tabelinhas que fazia com perfeição com Coutinho.
Em um determinado momento o Pelé, com a bagagem de dois títulos mundiais pelo Santos e Seleção Brasileira,veio para cima dando um toque ao Coutinho, incontinenti parei a sua frente, esperei para o choque onde praticamente fui atropelado. Vira-se o árbitro da partida, Anacleto Pietrobom (Valussi), e de dedo em riste gritou ” Moleque, sabe o que você está fazendo ? Cuidado que ele é patrimônio nacional.
Até a próxima.
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