Um assunto em pauta e deveras complexo, é se falar na profissionalização dos clubes contando com um melhor gerenciamento. Como estou no futebol desde o começo de 1960, passando por todas as fases que um jogador de futebol deva passar, ou seja, ter participado em campeonatos de infantil, juvenil,aspirantes até chegar ao time principal, acredito que tenha muita coisa a contar. A começar pelas figuras participativas de grandes empresários que apoiavam as necessidades clubísticas na forma financeira sem que tivessem a idéia de tirar lá na frente. Eram mesmo, os chamados amadores, que trocavam esse apoio pela lado significativo do prestígio dentro da sua comunidade. Com isso recordo as Famílias, Matarazzo em apoio ao Palmeiras, como dos Ugolinis no Juventus, Humberto Dabronzo no XV de Piracicaba, Bizarro da Nave na Portuguesa e outros que poderia relacionar.
Por outro lado, diria que, também, não faltaram aqueles do apoio ao time do coração que se enveredaram para a política. Sãos os casos do Wadih Helou no Corinthians, Laudo Natel no São Paulo, Athié Jorge Cury no Santos e muitos outros espalhados, como nos casos dos times do norte e nordeste brasileiro. Exemplo no Pará com a família do Jarbas Passarinho em apoio ao time do Remo. Na verdade até que se chegasse aos tempos de hoje, com a televisão comprando os direitos de transmissão e acelerando os departamentos de marketing em favor dos clubes, muitos anos se passaram nessa terra de campeões mundiais de futebol, para que os novos dirigentes entrassem num processo de modernismo. Com isso, ainda tivemos aquele tempo em que muitos clubes conseguiram viver de seus departamentos sociais, coisa fora de cogitações nos dias de hoje, pois, a maioria dos clubes sociais com futebol passaram a não gerir lucros. Como tudo é fruto de uma época, esta saudade dos que tiveram privilégio de conviver com a melhor escola do amadorismo, tem a alegria de hoje a uma nostalgia como se ouvisse uma melodia. Diria a realidade do mercantilismo. Agora, minha gente, só ouço falar de Choque de Gestão, que seria no caso um melhor planejamento para a temporada. Para que venha dar certo essa loucura, e que não deixa de ser um desejo, muita coisa tem que ser elaborado, tendo seu ínicio como saber a receita financeira do ano, ou seja, o famoso orçamento adequado. Voltarei nesse assunto que é apaixonante em dias modernos, ainda por ter convivido, também, com pessoas experientes com olhares clubísticos.
Não vão pensar que estarei secando o Vasco da Gama, na verdade minha vontade é acompanhar os resultados desse clube, com a certeza que o Coritiba perdeu uma grande chance de ganhar mais um título nacional. Tudo será uma questão de tempo, podem acreditar senhores desportistas, afinal chegar na cara do gol e não ganhar, só mesmo o tempo para decifrar.
Ao ver o jogo do São Paulo, que ao ganhar ontem do Gremio(3×1) disparou na classificação(12 pontos) nesse Brasileirão, notei que o técnico Carpegiani está chegando no seu grau de convencimento, onde aplica o futebol rápido é que leva o time mais rápido a vitória. Impressionante a bola saindo com velocidade dos pés dos jogadores Lucas, Jean, Dagoberto e, principalmente, do garoto Marlos, pedra preciosa criado na base do Coritiba. Quando estive na Coordenação de Futebol do Verdão (2006), vi nascer esse garoto que teve do clube toda orientação e alimentação necessária, pois, sabia-se que teria um futuro promissor. Em uma determinada reunião de trabalho, ouvi do Cláudio Marques, ex-jogador, técnico, auxiliar e estrategista do departamento da base e que ao lado do professor Cleber Hidalgo diziam apostar na qualidade técnica do Marlos, chegando, inclusive, a compará-lo ao brilhante Alex.
Falando em Alex, foi exatamente por orientação do Cláudio Marques que o técnico Carpegiani, vendo-o jogar em uma partida preliminar, lançou ao time principal. Justamente, o mesmo técnico, que coincidentemente que trabalhou com os dois , disse ontem lá no Morumbi que Marlos é craque. Aliás, o maior nome do tricolor do Morumbi, Rogério Ceni, afirmou que Marlos é melhor que o Messi.
Até a próxima.
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