Um dos times mais populares do mundo, River Plate, sediado na bonita cidade de Buenos Aires, depois de 110 anos deixou a 1ª Divisão do Futebol Profissional ao não conseguir reverter um resultado contra o time Belgrano. O destempero foi tão grande dos torcedores, tinham mais de 60 mil espectadores, que sairam as ruas quebrando tudo numa confusão generalizada. Claro, que ao trilar do apito, a balbúrdia começou já dentro do Estádio de Nuñes, que agora terá que ter por parte da direção clubística, buscar uma recuperação do seu patrimônio, lembrando que dentro de dias teremos o começo da Copa América. Localizado em uma região importante da cidade, bem próximo do Rio da Plata, esse estádio foi construído há muitos anos com excelente forma de arquitetura arredondada, sendo ele um cartão postal para os desportistas com direito a imponência dos argentinos.
Quem a conhece, Santa Maria de Buenos Aires, sabe fazer um comparativo do seu tamanho geográfico como uma São Paulo, Paris, Tóquio, Seul, New York e Moscou. Mas, colocando o quesito esportivo, diria que é nesta cidade que se concentra o maior número de clubes de futebol que espalham seus estádios nesta capital. Considerando os brasileiros como os mais ferrenhos adversários, o povo platino dá mostra de muita antipatia com relação ao futebol, pois, sabem que as conquistas maiores da América Latina pertencem ao futebol brasileiro. Agora, há quem duvide, mas coloco os argentinos com uma cultura política e esportiva melhor que a nossa, onde sabem exercer uma leitura maior por seu desempenho de uma formação européia. Coloco-me como exemplo das vezes que conversei com jornalistas, garçons, taxistas, e outros profissionais, em discussão de vários assuntos, notar o lado combativo que elevam suas vozes, ao falar de Péron, Evita, Galtieri, Maradona, River Plate e Boca Junior.
Leitores assíduos de seus jornais e revistas, conhecem bem o momento financeiro que vivem, aliás, que vem se alastrando há muito tempo. Recordo a 1ª vez que estive em Buenos Aires, isso foi em 1975, comentando a Taça Roca com os selecionados do Brasil, Argentina e Paraguai. As oportunidades foram aumentadas com o Cruzeiro que disputava a Libertadores de América contra o River(1976) e amistosos com a equipe brasileira. Mas, foi em 1983, com a presença do Flamengo na disputa sulamericana, é que tive a chance de conhecer por dentro o clube River Plate, convidado como outros companheiros da imprensa brasileira em um almoço de confraternização. Imagino o que acontecerá com esta agremiação, agora, caindo para a 2ª Divisão da Argentina, pois, o comentário que se ouvia pelos corredores é que haviam na época 4 posições antagônicas ao presidente.
Como as atenções serão todas voltadas para esta Copa América, cujo ínicio será dentro dos próximos dias, a semana será quente em torno do futebol argentino e que poderá ser uma válvula de escape para uma motivação a mais em melhorar o alto estima do povo, exercercendo com isso, a necessidade de vencer esse título em casa. Acredito que não faltará ”milongas” a direção do selecionado platino para tirar esse pesadelo nacional.
Como não conseguem vitórias em campo, as diretorias da dupla Atletiba, procuram desviar suas atenções falando de seus patrimônios. Sempre entendi que fortalecer o ativo da casa é importante. Como tem hora para tudo, diria que o maior patrimônio do clube são seus resultados em campo, ainda mais agora que as duas equipes estão na zona do rebaixamento.
Até a próxima.
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