terça-feira, 28 de junho de 2011

Geração de ouro.

O ex-capitão da Seleção Brasileira de Futebol, Carlos Alberto Torres, hoje na condição de Presidente de Honra da Associação dos Campeões Mundiais, saiu a público criticando a postura do companheiro Tostão, chamando-o de demagogo, porque este deu uma declaração de contrariedade a respeito de uma aposentaria especial aos campeões mundiais de 58/62 e 70. Tudo começou quando o ex-Presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, entendeu premiar aqueles que muito deram a imagem nacional através do futebol, demonstrando nisso a gratidão e respeito necessárias a essas figuras. Foi num encontro em Brasilia que Lula pediu um estudo aos seus ministros na possibilidade de encontrar recursos à aqueles que jogaram em tempos difíceis sem contemplação financeira, afinal, no antigo futebol praticado não havia esse dinheiro maluco que corre nos dias de hoje.

Discutir o assunto para essas novas gerações é complicado, pois, não haverá alcance no entendimento às pessoas comuns. Na verdade só para quem viveu essa época, e me colocaria a disposição, para entender que em 1958, um grupo de pessoas saiu para a Suécia mostrar que existia o Brasil como país. Através desses personagens é que o povo brasileiro saiu as ruas vibrando como nunca demonstrando seu alto estima e paixão pelo futebol. Inimaginável ganhar uma Copa do Mundo de Futebol, quando aqui em 1950 a perdermos com enorme chance.

Buscar fatos e fotos é se emocionar. Conversando em uma das oportunidades com o lateral, Djalma Santos, disse-me que a equipe chegou de trem em Estocolmo para a final de 58, com aquela vitória estrondosa contra os donos da casa por 5×2, ou mesmo Zito, que ganhou uma máquina de costura Vigorelli. Minha gente, os que estão vivos neste momento devem estar por volta de 80 anos, onde vemos De Sordi e Gilmar em cadeiras de rodas, Belini com Mal de Parkison e Nilton Santos com problemas coronários. Não seriam todos, afinal, Zagalo e Pelé, como exemplos, tiveram seus destinos monitorados com a Graça de Deus.

É de se perguntar onde estaria a CBF nesse comprometimento. Pelo que afirmou o Capitão do Tri, o atual mandatário só pensa no Mundial de 2014, sem demonstrar nenhum sentimento pela coisa. Que absurdo, afinal, se existe essa entidade é porque muitos dessas figuras colaboraram sem vislumbrar nenhuma esmola. A pena é que não se ganhava nada em relação ao comprometimento de hoje, onde os jogadores atuais jogam fora do país e não demonstram nenhum sentimento de casusa a não ser seus bolsos. Estou a favor deles, pois, tive o maior prazer, ainda garoto, estar em campo jogando contra a maioria desses campeões. Essa juventude não sabe o que é idolatria, afinal, o mundo esportivo é outro.

A Seleção Brasileira de Futebol com outros personagens jogará nos próximos dias na Argentina para disputar a Copa América. Será contemplada pela exposição de mídia, diferentemente, que houvera na Suécia, Chile e México, pois, não havia nem imagem de televisão. Para resgatar minha memória feliz estava com meus 14 anos quando ouvia o som de um rádio de válvulas , os fabulosos locutores esportivos Pedro Luis e Edson Leite, “Placar na Suécia, o Brasil vence”. Desculpem, mas como vivi esse momento tenho na lembrança quando esse time entrava em campo com Gilmar, De Sordi, Belini e Nilton Santos, Zito e Didi, Garrincha, Pelé, Vavá e Zagalo. Simplesmente o país parava.

Até a próxima.

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