terça-feira, 5 de abril de 2011

A queda do Geninho.

No domingo, mesmo após o clássico que deu a vitória ao Atlético, soube que o técnico Geninho andava muito aborrecido com a atual situação do time em campo. Contudo, quando veio a notícia do seu desligamento, em seu retorno ao CT do Cajú, entendia que estava deixando a diretoria a vontade pedindo para sair. Mas, não foi isso que aconteceu. Na verdade foi o inverso. Cabe a nos da imprensa, agora, alinhavarmos a situação depois da conversa estabelecida pelo Departamento de Futebol do Clube, leia-se Ocimar e Zimmermann, no argumento de que parte da diretoria não estava satisfeita com o trabalho que vinha sendo realizado. Até é um direito da agremiação. Por outro lado deve ser dito, também, que há muitas maneiras de se estabelecer uma rescisão. Ainda mais em se tratando do Geninho, que sempre foi considerado um ídolo do clube, por suas conquistas, como o título nacional em 2001, ter tirado o Atlético do buraco em 2008, como também ter participado em outra conquista em 2009 no título estadual.

Os senhores que estão acompanhando esse raciocínio devem, também, estar pensando que muitos técnicos ao deixarem os clubes, com propostas melhores, não pensam no objetivo que foi traçado. Concordo, afinal, tem muitos por aí. Com o técnico Geninho teria que ser diferente, pois, não dá para entender que o Presidente do Clube, Marcos Malucelli, no apronto de sabado foi desejar-lhe sucesso no clássico, já definido em seu posicionamento ao pegar um avião dizendo ter assuntos particulares a resolver, deixando o “mico” exigindo do seu departamento de futebol a tomada de posição, ou seja demitir o técnico. Deveriam avisá-lo antes do jogo, não lhe parecem, deixando a dúvida que as pessoas que dirigem o clube no mínimo estavam aguardando por uma derrota. Pura traíragem. Que nojeira.

Saiu Geninho, com sentimento machucado, chegando inclusive ao choro, tamanha sua revolta pela maneira com que foi destratado. Vão dizer que o futebol é assim mesmo. Não aceito. É por isso que está como está, com os técnicos pedindo 500 mil reais para servirem como álibis dos dirigentes. Vai mal esta administração do Atlético. Não quero falar da parte administrativa financeira, pois, o que se sabe é que estão levando com punhos de aço qualquer tipo de despesas, o que é ótimo, mas no futebol, convenhamos, o desastre é eminente.

Como este assunto rendeu, e muito, recebi algumas ligações de companheiros por este Brasil afora, não entendendo como um técnico que trabalhou em 10 jogos, ganhando 8, perdendo uma partida e empatando outra, sai da forma como saiu. São pequenas coisas de um grande futebol.

Outra situação delicada é quanto ao técnico, Adilson Batista, ter aceito uma conversa com os diretores do Atlético ainda com o Geninho no cargo. Inclusive, o próprio ex-técnico atleticano, soube que em uma das partidas o Adilson esteve na Arena. Depois, não querem que eu diga que o futebol está podre demais.

Até a próxima.

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