sábado, 2 de abril de 2011

Se não correr o bicho pega?

Que situação complicada chegaram os times do Paraná Clube e o Alético Paranaense para esta partida de amanhã em Vila Capanema. Se perder, o Furacão além de deixar aberto um vasto comentário à imprensa sobre o atual momento de seu elenco e desacertos de seus diretores, também terá a ira de seus torcedores que exigirão mais dispensas de figuras que não estão convencendo. Na outra ponta da Rua Engenheiros Rebouças, o Tricolor da Vila, que se não ganhar vai lutar até o fim para não cair a 2ª Divisão do Estado ou esperar pelo veredito do Tribunal de Justiça Desportiva sôbre o caso do time do Rio Branco de Paranaguá. Tudo isso no Campeonato Paranaense. Imaginem dentro de um certame nacional. É reprovação total.

Boa matéria do Portal UOL a respeito do C.A.Juventus, time do bairro paulistano, Moóca, que entre os seus simpatizantes tem na maioria os italianos. Proveniente deste bairro em São Paulo, nasci no futebol jogando com esta camisa grená desde garoto e que na verdade me projetou ao cenário nacional. Era comum nas tardes de sábado os moradores do bairro se espremendo nos jogos marcados para o Estádio Conde Rodolfo Crespi, onde os locutores esportivos diziam na época que o jogo era um estraga feijoada, prato especial muito consumido pelos paulistanos. Dentro de muitas coisas, partindo do carinho e simpatia ao clube, muitos personagens são comentados até hoje, como o Fantasma, Burrão, Arquiná, Oscar e muitos outros, pela maneira de torcer para o time como uma coisa especial de cada um. Como joguei desde o infanto/juvenil neste clube, digo aos amigos, que não era uma tarefa fácil jogar no time juventino e ao mesmo um adversário ganhar no gramado da Rua Javari. Muitos craques, e campeões do mundo, perderam partidas dentro deste Fortim, numa época de ouro do futebol paulista.

Como falamos de história, não posso deixar de lado o maior acontecimento visto e comentado pelo próprio Rei Pelé, dizendo que o gol que fez na Rua Javari tenha sido o mais bonito da sua carreira. Foi no ano de 1959, na trave do lado esquerdo ao entrar no acanhado estádio,e mesmo que tivesse o Juventus um bom elenco, o time contava com Homero, Clovis, Lima, Zeola, Pando e o excelente goleiro Mão de Onça, não puderam desarmar esse gol maravilhoso. Com meus 15 anos, tive a sorte mesmo que espremido no alambrado ver esta jogada sensacional. E pensar que tempos mais tardes, neste mesmo estádio, tive o privilégio de enfrentar a máquina santista de 63 e 64. Bons momentos.

As vezes se torna covardia criticar um clube quando esse vai mal. Como sei da responsabilidade da imprensa e sua necessidade de comentar ao público o que se passa em determinados momentos de desacertos, é natural que nem tudo são flôres, o exagero as vezes leva o cidadão a perseguição de diversos profissionais por antipatia. Sabemos no Atlético, que politicamente não vive um momento de paz e para tanto precisa urgentemente de vitórias em campo, vem acontecendo de forma sistemática. Acho que não é assim que se chega ao bom termo. Será que existe interesses a parte?

Fazer o que gosta não é trabalhar. Portanto, logo mais a tarde no Estádio Couto Pereria, estarei ao lado de excelentes profissionais da Rádo 91 Rock 91, comentando o jogo do Coritiba e o Rio Branco de Paranaguá. Este jogo poderá ser a conquista maior de um time de futebol em somas de vitórias de um clube paranaense em certames regionais. Será a 13ª do Alviverde.

Até a próxima.

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