(Matéria Postada em 21/09/2009)
Confesso que não sabia ser um dos motivos do jornalista, Vinicius Coelho, ter deixado o Jornal, A Tribuna do Paraná, o mais esportivo da terra, por uma determinação da atual diretoria do Coritiba F.C, que teria ido a redação exigir sua saída por motivos políticos internos. Custa-me crer, que tal procedimento tenha acontecido a essa pessoa que carrega uma bagagem de conhecimentos da própria história do Coxa. Para que os senhores saibam um pouco, lembro-me bem quando aqui cheguei, no começo de 1970, onde tinhamos uma imprensa vibrante, que buscava fatores positivos em busca do crescimento no futebol paranaense. Foi na verdade um tempo difícil em tentar provar a todos que o Estado do Paraná estava se fortalecendo, técnicamente, no intuito de se ombrear com as equipes tradicionais do futebol brasileiro. Começo por aí para contemplar este brilhante jornalista por sua conduta de coritibano quando nesse período escrevia no Jornal O Globo, escancarando notícias de seu clube de coração. Do Rio de Janeiro, sabe-se lá o que era escrever nesse matutino, em uma época em que a leitura tornava-se obrigatória para se ter um conhecimento das notícias. Vinicius, foi estendendo sua sabedoria com amizades importantes de um Nelson Rodrigues, Armando Nogueira, Sérgio Cabral, João Havelange, Mozart di Giorgi e Ricardo Serran. Como não poderia ser diferente, esteve em 1969, ao lado do time alviverde , excursionando pela Europa comentando os jogos contra as melhores equipes do mundo. Foi ele quem colocou na cabeça do ex-presidente, Evangelino Costa Neves, trazer a maior Comissão Técnica da História do Clube, começando com o técnico Tim e o supervisor Almir de Almeida. Foi Vinicius, com seu prestígio junto a CBD que colocou o Coritiba no Torneio do Povo, em 1973, cujo título enobrece até hoje os coxas. Contando com paciência em escrever vários artigos do Verdão, Vinicius Coelho, foi levando sua vida sempre respirando o clube. Minha gente, passaria muito mais tempo para contar essa devoção, mas deixo ao público, esse registro de minha contrariedade aos atuais dirigentes do clube, que buscassem de forma nobre um pedido de desculpas, ainda em tempo, por não conhecerem um pouco do perfil de coxa branca, que sempre esteve presente nos grandes acontecimentos. Um dos seus principais momentos, trabalhando pela Tv.Paranaense, foi quando narrou o jogo no Maracanã, em 1985, no título brasileiro conquistado pelo Verdão. Sua fala ficou totalmente embargada ao dizer Coritiba na Libertadores. Pois bem meus amigos. Registro, agora, entristecido e com pesar o passamento do colega e companheiro que nos deixou no dia de hoje. Que Deus o tenha
Futebol e a vida.
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